PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA BÁSICA: uma análise a partir de Hortas escolares da Amazônia metropolitana de Belém/PA
Práticas pedagógicas; Educação Ambiental; Horta escolar; Educação básica
A pesquisa teve como objeto de estudo as práticas pedagógicas de Educação Ambiental na escola básica a partir de análises nas Hortas escolares, tendo como território de estudo empírico 5 escolas que se encontram na região metropolitana de Belém/PA, sendo estas: E.M.E.I.F de Educação do Campo Prof. Milton Monte, E.M.E.I.F de Educação do Campo Prof. Maria Madalena Travassos, Escola Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Prof. Eidorfe Moreira, E.M.E.I.F Prof. Pedro Demo e E.M.E.F Machado de Assis, como componentes que compõem as práticas pedagógicas para implementação da Educação Ambiental no contexto da Amazônia metropolitana de Belém/PA. Neste sentido, o objetivo da pesquisa foi analisar como vem sendo desenvolvidas as práticas pedagógicas em Educação Ambiental a partir do uso e produções das Hortas escolares do território amazônico metropolitano de Belém/PA. O estudo foi pautado em questionamentos que tencionaram o desenvolvimento da pesquisa em: Como a Horta é planejada pedagogicamente e quais as motivações para sua implementação? Como a Horta vem sendo desenvolvida no cotidiano escolar? Quais as práticas pedagógicas de Educação Ambiental desenvolvida a partir da Horta escolar? Para o desenvolvimento do estudo, adotaram-se caminhos metodológicos que qualificam a produção do conhecimento, no qual adoram-se estudos teóricos e empíricos, com uma abordagem qualitativa, em conformidade com uma metodologia materialista histórica e dialética. Como instrumentos e procedimentos de produção de dados, estes foram produzidos a partir do estudo de campo. Entre as técnicas utilizadas estão as entrevistas semiestruturadas, registros fotográficos e gravações, observação do espaço com os alunos e professores. Quanto aos procedimentos para análise de dados da pesquisa, também conta com o movimento a partir da metodologia materialista histórica e dialética e o uso de categorias teóricas. No estudo consta um movimento de revisão da literatura sobre a produção científica de artigos e dissertações produzidas no Brasil, sobre o assunto das práticas de Hortas escolares, onde possibilitam o avanço em novas proposições no campo em estudo. Entre as referências teóricas estão os estudos de Alves e Silva (2022); Brandão (2007); Foladori (1999); Layrargues e Lima (2014); Maia (2021); Reigota (2008); Pereira (2016); Sauvé (2005), Libâneo (2017); Veiga (2015) e entre outros. Nos resultados da pesquisa, pudemos concluir que a contradição permanente encontrada em todos os espaços que a pesquisa alcançou, estão diretamente associadas a um processo que produz alimentos orgânicos no espaço da Horta escolar, mas que não produz conhecimentos ampliados que favoreçam uma formação crítica em vista da hegemonia que vem estruturando a grande produção de alimentos que se realiza através de um modelo econômico que não possui relação harmônica na utilização dos recursos naturais que o planeta oferece. A Hortas que ainda estão em atividades nesses espaços formativos, funcionam meramente como canteiros de produção de alimentos. Alimentos que são doados para a comunidade e/ou são consumidos a partir da merenda escolar, e que organicamente tem favorecido o consumo de alimentos saudáveis por esses envolvidos. O processo que necessariamente deveria existir, para dar prioridade ao processo formativo dos sujeitos envolvidos na comunidade escolar, escapa da formação desses sujeitos. Que por muitas situações legitimam e perpetuam a condição hegemônica da sociedade em crise. Os territórios escolares que funcionam como formadores de sujeitos para a vida em sociedade não dão as condições essenciais de formação em Educação Ambiental, frente aos problemas que cotidianamente são ampliados. Tratar a Educação Ambiental a partir de suas raízes formativas se torna tarefa prioritária nessa condição que viemos percebendo no decorrer desta pesquisa. Espera-se que este estudo possa contribuir com o desenvolvimento do conhecimento para a Educação Ambiental no contexto da formação na Educação básica, possibilitando conhecimentos qualificados e pertinentes para o desenvolvimento da sociedade, em especial, do território amazônico