O CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NA PERSPECTIVA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: (RE)INVENTANDO O CURRÍCULO COM O COTIDIANO
Currículo. Educação básica. Inteligência artificial. Tecnologia digitais.
Este estudo busca compreender o processo formativo de estudantes do 9º ano do ensino fundamental no componente curricular “Tecnologia e Inovação”, tentando forjar outros modos de ensinar e aprender com o uso de tecnologias digitais e da inteligência artificial (IA) numa perspectiva contemporânea (uma abordagem prática/teórico/prática com a participação ativa e autoral dos alunos, visando uma aprendizagem colaborativa e significativa). Trata-se de uma pesquisa qualitativa em Educação à luz da abordagem multirreferencial com os cotidianos (Macedo, 2004; Ferraço, Alves, N., 2019, Santos, R., 2015). O tipo de pesquisa é uma pesquisa-formação na cibercultura (Santos, E., 2019) com uma bricolagem de dispositivos (Ardoino, 1998; Santo, R.; 2018; Santo, E., 2019; Silva, C., 2023), forjando atos de currículo (Macedo, 2013; Santos, E., 2019). Iniciei com a pesquisa bibliográfica, a partir dos autores/pesquisadores Carvalho e Pimentel (2020a, 2020b, 2023); Gabriel (2022; 2023); Macedo (20024, 2013); Lévy (2018); Santos, E. (2019); Santos, R., (2015); Silveira (2021, 2023); Vicari (2018, 2020); entre outros. Realizei a seleção das literaturas, fiz leituras, resumos, fichamentos e levantamento no Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A pesquisa de campo está sendo realizada numa turma de 9º ano do ensino fundamental, no componente curricular “Tecnologia e Inovação”, na Escola Pública Municipal de Ensino Fundamental ou Escola de Tempo Integral do Município de Altamira - ESTIMA Dr. Octacilio Lino, no Município de Altamira, Estado do Pará. Por se tratar de uma pesquisa na cibercultura multirreferencial com os cotidianos com uma bricolagem de dispositivos, farei uso de ambientes formativos como: ‘Espaçostempos’ físicos (sala de aula da turma do 9º ano, laboratório de informática e outros espaços escolares) e virtuais (ciberespaço/interfaces digitais com uso de IA); bem como, criar uma sala de aula virtual e incluir os praticantes culturais e os materiais de estudos relacionados à pesquisa na cibercultura num trabalho colaborativo em rede. Desse modo, busco tecer atos de currículo mediados por tecnologias digitais e IA, abordando questões emergentes e da cotidianidade relacionada a IA e suas potencialidades, limitações e riscos, como: Plataformização, educação e IA, regulamentação da internet e da IA, colonialismo de dados, capitalismo digital, vigilância digital, a exclusão digital, o preconceito e discrinação na rede, cyberbullying, crimes cibernéticos e outros. A perspectiva é de uma pesquisa descontraída, interativa, dialógica e autoral em que os praticantes culturais se tornem sujeitos ativos no processo formativo, sentindo-se espontâneos no decorrer das atividades. Os dados/narrativas serão produzidos pelos sujeitos/praticantes culturais, os quais serão analisados e interpretados e organizados em categorias denominadas “noções subsunçoras”. (Santos, E. 2019, p. 124) Os resultados esperados já podem ser observados nas primeiras experimentações que é o envolvimento dos sujeitos e a produção autoral; a bricolagem é uma estratégia que pode trazer mudança nas prática pedagógicas e significações ao processo formativo dos praticantes culturais; a IA é um assunto a ser trabalhado no currículo da escola básica; visando provocar o debate de modo a tensionar rupturas ao currículo tradicional.