HOMOPARENTALIDADE E A ESCOLA BÁSICA: NARRATIVAS DE UM CURRÍCULO DA DIFERENÇA
Currículo. Homoparentalidade. Educação
Esta pesquisa é fruto de narrativas de famílias homoparentais, a partir de suas relações com as escolas de seus filhos e filhas. Lhes trago um desenho narrado de um currículo contraditório e incomumente visitado. Não sei se trago verdades, mas certamente, trago problemas, o quais nem sei ao certo se têm solução - se é que precisam de uma – lhes trago enunciados possivelmente produtivos e incoerentes. Penso contigo, e por vezes, comigo mesmo. Fundamentado pelo pós-estruturalismo, tentado pela escrituração da diferença, não estive em busca de respostas, mas sim contextos, momentos e movimentos (descoordenados, indefinidos e inconclusivos) de um currículo narrado por entre os corpos de famílias homoparentais, por suas abjeções, seus discursos e diferenças – todas elas. Com o suporte etnográfico para pesquisa em educação, tomei a linguagem como material de reflexões, devaneios, in – coerências. Tenho um discurso, todos temos vários discursos, estamos presos a eles? Que verdades cabem nesse texto, precisamos mesmo delas? Quanto poder circunscreve um currículo escolar? Quanto (des) valor cabe nessa relação entre escola e família? E assim, meu objeto – as narrativas que hora lhes apresento – vai se alterando, se modulando, quase como uma metamorfose linguística, digna de um objeto antropológico. O que descobri? Um novo-velho currículo, com outras práticas e modos de vida que são capazes de movimentá-lo, um novo complexo, outras tramas e significados, muitas histórias e algumas estórias, que ao final, fazem todo sentido. Se consegui, Não sei. Me aponte, discorra sobre mim. Subjetivemo-nos.