A PESQUISA-FORMAÇÃO NA CIBERCULTURA PARA UM CURRÍCULO DA
DIFERENÇA: itinerâncias, orientação sexual e identidade de gênero dos estudantes
LGBTQIA+
Currículo. Sexualidade. Cibercultura. Multirreferencialidade. Pesquisa-formação.
Da classificação arbórea à perspectiva de rizomas, nos distanciamentos e aproximações das teorias curriculares, nos estudos culturais sobre sexualidade e cibercultura, é inconteste a relevância do currículo para a aprendizagem escolarizada, ao traçar diretrizes visando alcançar um determinado projeto de ser humano. Essa compreensão torna-se premissa necessária, para este estudo, intitulado “A pesquisa-formação na cibercultura para um currículo da diferença: itinerâncias, orientação sexual e identidade de gênero dos estudantes LGBTQIA+”, visto que ao perceber o currículo revestido de intencionalidade, afasta-se de uma suposta neutralidade que o reduz apenas ao conhecimento acadêmico. Assim, realizou-se uma reflexão teórica sobre a temática da sexualidade no campo do curricular, a partir do desvelamento do conceito de currículo que se estabeleceu ao longo do tempo, em consonância com as teorias curriculares as quais se relacionam, com enfoque para o currículo da diferença e suas tessituras com o ciberespaço. Evidenciou-se nas divisões teóricas do currículo- as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas, suas contribuições para a temática da sexualidade. A pesquisa pautou-se na pesquisa-formação na cibercultura com abordagem multirreferencial e dos cotidianos, buscando relatar as itinerâncias do processo de pesquisa ocorrido na Escola de Ensino Fundamental e Médio Júlia Seffer, partindo da perspectiva de professora-pesquisadora-formadora para questionar o currículo e discutir sobre a questão LGBTQIA+ no cotidiano do espaço escolar, criando atos de currículo, tecendo ações de resistência, contribuindo para a autoformação e formação de estudantes, a partir do uso das mídias digitais e com a construção de dispositivos autorais.