FINITUDE E ENVELHECIMENTO: Uma pedagogia para a vida.
Finitude. Filosofia. Envelhecimento. Pedagogia.
A construção do presente texto dissertativo, se tece dentro do campo da filosofia e da educação, o que nos permite problematizar questões tidas como habituais, e que emergem a partir da crescente necessidade de pensar a finitude e o envelhecimento, como perspectivas complementares que se inter-relacionam e nos possibilitam traçar formas outras de pensar a educação, e nos permitem perguntar de que modos podemos questionar a própria existência humana integrando o corpo físico que envelhece. E com isso, pensar como o envelhecimento nos possibilita pensar a pedagogia para além das perspectivas comuns e normais, em geral voltadas para a produtividade e o desempenho máximo? Como a educação pensa esse ser humano? Somente o prepara para ser adulto? A pedagogia não tem nada a aprender com o fato de que somos finitos? Objetivamos colocar em questão os modos como a pedagogia tem sido alicerçada em uma perspectiva de vida que deixa de lado o fato de que temos uma vida finita e que envelhecemos. Como pensa-la agora para além de uma lógica produtivista e mercadológica? Pretendemos analisar os modos como a finitude e a morte tem sido discutidos ao longo dos anos, problematizando o envelhecimento enquanto inspiração de novos modos de pensar e materializar a pedagogia, e no modo como encaramos uma vida com perdas (sobretudo se nos formamos a todo o momento para lidar somente com os ganhos). Como inspiração teórica utilizaremos autores como Yalom (2008), Elias (2001), Krishnamurti (1992), Luper (2010) entre outros, que nos permitem problematizar o conceito de finitude, articulado com a perspectiva de envelhecimento que Combaz (1990), Cícero (2011), Sêneca (2009), Shopenhauer ( 2016), Steglish (1992) entre outros, nos apresentam, bem como traçar uma articulação com a gerontogia apresentada por Both (1999) em seu texto “Gerontogogia: Educação e Longevidade” que foi impresindivel para que conseguíssemos traçar as primeiras aproximações a cerca da temática envelhecimento ao campo educacional. Nesse sentido, nos instigamos a questionar os modos como a pedagogia vem sendo construída, e nos possibilita problematizar a educação sob uma ótica não muito comum entre os pedagogos. Nos permite pensar e viver a vida de outros modos, fora de enquadramento e de padrões estéticos, éticos, e de toda ordem que nos impõem uma forma de viver que não nos possibilite aceitar/entender os limites, as perdas que o tempo acarreta. Como aspecto teórico-metodológico, utilizaremos a pesquisa bibliográfica, que nos permite um aprofundamento e amadurecimento com relação ao que tem sido escrito e questionado a respeito da temática, para que possamos dialogar com os autores, que nos permitem emergir perspectivas outras de pensar o campo pedagógico a partir dos conceitos de finitude e envelhecimento.