A LEITURA POR VIR: MELODIAS, TRANSFIGURAÇÃO E TRAVESSIAS DO TEXTO-LEITOR.
Leitura; por vir; melodias; transfiguração; travessias.
A leitura e o por vir. É o tom da fruição que tece o ensaio desta pesquisa. A melodia que ressona um caminhar possível. Um sorriso. Uma flor. A tempestade. A chuva. As águas e marés. A melodia que encanta e atormenta o coração interior dos sentidos. Um canto por vir e um abismo sedento por transfiguração. O ímpeto devorador. O pôr do sol. A leitura por vir e a desterritorialização de sentidos usuais do texto-leitor. Um mergulho nos labirintos sensoriais da leitura, um por vir e uma devoração criadora. Um canto por vir, uma leitura das feras, da entrega e da liberdade, uma navegação à deriva, sem rumo e no rumor da superfície da palavra literária e suas profundezas. Leitura como abismo e transfiguração, desassossego e inquietude do texto-leitor tecida nas entrelinhas, vivências, travessias. Leituras e escritas cartográficas que se deslocam por platôs (Deleuze e Guattari), veredas singulares, ensaios livres, onde o fio condutor é um por vir indeterminado, como em Blanchot, “O Espaço Literário” (2011) e “O livro por vir” (2013), envolvem outras melodias como em Nietzsche (2011 & 2012), Foucault (2009), Skliar (2014a & 2014b), Costa (2008 & 2016). Transfiguração da leitura no movimento do devir texto-leitor, por sensações emanadas da imagem do canto da sereia e dos abismos da imaginação criadora. Uma leitura por vir é o que se delineia neste ensaio de escrita que se avizinha com a filosofia, a literatura e educação em movimentos de fruição estética e deleite inquietante da palavra literária.