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Banca de DEFESA: CRISTIAN CAIO SILVA MOREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CRISTIAN CAIO SILVA MOREIRA
DATA: 29/06/2024
HORA: 15:00
LOCAL: PPGEDUC-UFPA-Cametá
TÍTULO:

INDÍGEN@S ONLINE: povoamento e demarcação do território digital na T.I Assurini do Trocará -Tucuruí/PA


PALAVRAS-CHAVES:

Educação; Ambientes Virtuais; Tecnologias Digitais em Rede; Resistência; Etnia Assurini.


PÁGINAS: 170
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Currículo
ESPECIALIDADE: Currículos Específicos para Níveis e Tipos de Educação
RESUMO:

O presente estudo tem como lócus a Terra Indígena Trocará, localizada no Município de Tucuruí, no Estado do Pará, tendo como objetivo analisar como ocorre a participação dos indígenas Assurini na internet e seus espaços virtuais, na perspectiva de identificar as múltiplas funções das redes sociais no dia a dia, as relações com a sociedade indígena e não indígena da região e do Brasil, visando verificar o papel que as tecnologias digitais em rede ocupam no contexto comunitário e urbano e no processo educacional vivenciado pelos professores e alunos escola Wararaawa Assurini. Averiguando se há conexão da etnia com o movimento indígena nacional, no sentido de observar a atuação desses sujeitos nos ambientes digitais em contexto pandêmico e pós-pandêmico na educação, na cultura e na política, como meio de resistência diante das impossibilidades vivenciadas. Este trabalho  justifica-se pela importância de evidenciar o processo de ressignificação de aspectos identitários e socioculturais dos Assurini do Trocará por meio da comunicação e atuação em rede, como forma de destacar a representação da imagem do indígena mediante a sociedade, enfatizando o significado histórico e atual da participação dos sujeitos na internet. Buscando compreender as relações comunitárias através das ações nas redes virtuais no cotidiano, uma vez que devido a proximidade com a cidade de Tucuruí e o contato intenso com a sociedade não indígena, faz com que tais práticas tornem-se cada vez mais comum. Metodologicamente, a pesquisa realizou-se em duas etapas. Primeiro, fez-se um levantamento bibliográfico e estudo de obras de autores que se ocupam da temática em questão e estão sendo importantes para o andamento da pesquisa, entre os quais se destaca: SILVEIRA (2021); SANTOS (2019); CANCLINI (2015); LEVY (1999). Obras de autores indígenas como MUNDURUKU (2012); LUCIANO (2006); SANTOS (2011),  que muito contribuíram bibliograficamente para escrita e análises da pesquisa Além de autores que tratam de questões relacionadas à história oral e memória, como: THOMPSON (1992); PORTELLI (1997); POLLAK (1994). Na segunda etapa, realiza-se a pesquisa de campo com observação em lócus e entrevista com alguns habitantes da reserva Trocará. Trata-se, portanto, de uma abordagem qualitativa devido à proximidade com os sujeitos envolvidos. Desta forma, se utiliza narrativas orais, fontes imagéticas, documentais e sites da internet, possuindo as entrevistas e conversas informais grande relevância para compreender o cotidiano da comunidade e as relações de sociabilidade que se desenvolvem a partir da interação dos indígenas nos espaços virtuais, e seus desdobramentos. Dados da pesquisa apontam a presença Assurini no território digital como potencializadora de um novo tempo, no qual os sujeitos indígenas adentram cada vez mais os ambientes virtuais, como as redes sociais, para reivindicar pautas e denunciar a violação de direitos. Método de luta fortalecido com a insurgência do contexto pandêmico mediante as inúmeras impossibilidades vivenciadas. Assim, torna-se estratégica a presença Assurini na internet por ampliar a visibilidade dos sujeitos a nível local e nacional, contribuindo com o processo de resistência político-cultural urgente na contemporaneidade, fortalecendo o diálogo intercultural por meio dos territórios geográficos/virtuais que permitem a difusão dos aspectos socioculturais do povo para a sociedade indígena e não indígena. Por outro lado, considera-se que as inovações advindas das tecnologias digitais em rede acompanham contradições. O controle de dados, o processo de plataformização da vida tornam o território digital um campo de disputa no qual as estruturas hegemônicas operam. Necessitando que haja discernimento das populações indígenas para atuarem nesses espaços considerando as tentativas de controle dos dados indígenas e as falsas interfaces que se apresentam como solução dos problemas sociais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2524613 - BENEDITA CELESTE DE MORAES PINTO
Interno - 3285940 - ANDREA SILVA DOMINGUES
Interno - 2333806 - LEONARDO ZENHA CORDEIRO
Externo ao Programa - 2171317 - MARIA DO SOCORRO RAYOL AMORAS
Externo à Instituição - KÊNIA SOUZA RIOS
Notícia cadastrada em: 06/06/2024 11:07
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