O “NOVO” ENSINO MÉDIO E OS (IM)POSSÍVEIS O IMPACTOS NO ENSINO DE FILOSOFIA NAS ESCOLAS ESTADUAIS DA CIDADE DE BREVES-MARAJÓ-PARÁ: Uma análise da Lei nº 13.415/2017 e do DCE/PA em interface com a perspectiva docente de ensino médio
Ensino de Filosofia, Reforma do Ensino Médio, Breves-Marajó-Pará, Ideologia, Discurso.
O texto aqui apresentado é resultado da pesquisa de Mestrado em Educação e Cultura, na linha de Políticas e Sociedade, sob o título “o ‘novo’ ensino médio e os (im)possíveis o impactos no ensino de Filosofia nas escolas estaduais da cidade de Breves-Marajó-Pará: Uma análise da Lei nº 13.415/2017 e do DCE/PA em interface com a perspectiva docente de ensino médio”. O objetivo dessa pesquisa é compreender quais os possíveis impactos que ocorrerão no ensino da Filosofia nas escolas públicas estaduais do município de Breves-Marajó-Pará a partir do que prevê a Lei da reforma do ensino médio e suas derivantes, em especial, o Documento Curricular do Estado do Pará – Etapa Ensino Médio. A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo, tendo como corpus de análise as Legislações referente ao ensino secundário, Documentos de Orientação Curricular do nível médio, o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) e narrativas orais dos docentes a partir de entrevista semiestruturada. Para melhor interpretação de nosso corpus de análise e alcance de nossos objetivos, utilizamos em nosso texto o arcabouço teórico da Análise de Discurso (AD), da linha francesa, em diálogo com a Pedagogia Histórico-Crítica. Como resultados da pesquisa, pudemos identificar possíveis impactos negativos ao ensino da Filosofia, quais sejam: a perspectiva de uma não formação integral dos discentes, em razão de um alinhamento estrutural do DCEPA com os documentos que tratam do novo ensino médio em âmbito nacional; Formação de sujeito por meio de uma educação mais pragmática e utilitarista, terreno não fértil à filosofia; Redução da carga horária da disciplina/campo do saber na educação paraense; E, por fim, impacto nos conteúdos a serem ministrados e, consequentemente, na subjetividade docente.