DEVIRES-TRAVESTIS NA MONTAÇÃO CARTOGRÁFICA DE UMA EDUCAÇÃO SUBVERSIVA
Devires-travestis. Montação. Cartografia. Arte queer. Educação subversiva.
Que pode uma multidão queer em devires-travestis na educação? A ideia-força deste estudo se movimenta por uma estrela bailarina, nascida do caos, a percorrer múltiplos territórios tecendo nestes percursos móveis conexões com coletividades queer, onde se aprende a viver, a lutar, a amar e agenciar as potências do corpo político e os signos das artes queer na montação de uma educação subversiva. O traçado que seguimos para percorrer os territórios da pesquisa é a Cartografia dos rizomas, na companhia de Deleuze & Guattari (2010); instigados por um filosofar da diferença com Nietzsche (2014); e os estudos queer de Butler (2003) e Preciado (2011), além de uma multidão queer de intercessores que nos acompanham nas encruzilhadas e experimentações estéticas e políticas deste estudo. As forças feiticeiras que nos arrastam em linhas de fugas, são forças joviais e subversivas que denominamos de devires-travestis. O movimento crítico deste trabalho é o de provocar rachaduras na bela imagem do patriarcado em seu poder reinante, dominador, e o movimento clínico é o de produzir aberturas, tecer redes de conexões entre corpos e sexualidades que afirmam a vida queer em sua potência coletiva, subversiva, criadora. Isto nos impulsiona a investir na potência do conceito de devires-travestis ou multidões sexuais, expandir as potências do corpo queer nas suas movimentações artísticas entre mobilizações de rua, ocupação, velório e eventos acadêmicos-culturais, carnavalescos, juninos, afro-religiosos, para performar a montação de uma educação subversiva como ato criador e político.