Avaliação da aprendizagem no ensino de Língua portuguesa: saberes e experiências das professoras da Escola de Ensino Médio Osvaldina Muniz
Avaliação. Saberes. Experiências. Língua portuguesa. Ergologia.
O presente trabalho, intitulado “Avaliação da aprendizagem no ensino de Língua portuguesa: Saberes e experiências das professoras da Escola de Ensino Médio Osvaldina Muniz”, investiga saberes e experiências docentes no âmbito da avaliação da aprendizagem no ensino de Língua portuguesa da escola de ensino médio Osvaldina Muniz da zona urbana de Cametá- PA, com a finalidade de compreender como se dá a relação entre os saberes sobre avaliação no processo de ensino aprendizagem de Língua Portuguesa e sua relação com as experiências no cotidiano do trabalho docente na escola. Esta análise teve início com a importância que tem se buscado atualmente em debater o uso de si como a ação que o profissional da educação é levado a utilizar em sua atividade de trabalho, com base em suas experiências de vida, que incidem no decorrer do cotidiano escolar. Para sustentar este nosso trabalho, o levantamento bibliográfico se baseia em pesquisadores tais como: Tardif (2002), Schwartz (2003), Hollfimam (2003), Libâneo (2017), Perrenoud (1999), Charlot (2000), Trinquet (2010), Araújo e Rodrigues (2010), dentre outros, com o objetivo de fundamentar e problematizar o debate apresentado. Do ponto de vista metodológico nos propomos a fazer uma análise dialética relacionando com a Ergologia para compreendermos o trabalho docente como ação humana que estabelece uma unidade problemática entre atividade humana, suas reais condições de trabalho e os resultados obtidos efetivamente, levando em consideração que o trabalho é formador dos sujeitos politicamente, historicamente, ético e epistemologicamente. Na trajetória deste trabalho realizamos inferências sobre saberes e avaliação numa perspectiva formativa, que capacite os sujeitos de forma humana e potencializadora. Esta pesquisa em seu aspecto parcial revela reflexões sobre o uso do corpo si pelo professor e mostra como há a possibilidade desse profissional buscar estratégias para superar o modelo imposto pelo capital assumindo formas avaliativas formativas a partir de seus saberes e experiências. Estes saberes inseridos em normas e renormalizados refletem na história que cada profissional comprometido com a educação pública faz no seu cotidiano de trabalho. O uso de si se mostra também na resistência e na luta por um modelo educacional formativo e humano que não se desenvolva na neutralidade, pois, não podemos nos colocar como neutros quando fazemos nossa própria história. Enfim é por meio da produção e legitimação de saberes potencializados no trabalho que nos possibilita pensar em processos formativos emancipadores.