Micropolítica da Diferença: trajetória e atuação política do movimento GHI
Movimento GHI; Luta por Direitos; Micropolítica.
O estudo intitulado Micropolítica da diferença: trajetória e atuação política do movimento GHI tem por objetivo analisar as questões referentes ao Grupo de Homossexuais de Igarapé-Miri-GHI e as diversas dimensões que se fizeram presentes ao longo de sua história e foram se fortalecendo, sobretudo nas constantes lutas coletivas efetivadas por questões de direitos negados. Com Deleuze e Guattari discute a questão da Micropolítica, bem como o conceito Molar e Molecular e sua relação no plano das teias sociais. Destaca que o século XIX foi marcado por profundas transformações na sociedade brasileira ao promover mudanças estruturais de grande envergadura nas vias discursivas sobre sexualidade e homossexualismo. A construção da problemática de nosso estudo se deu por meio da emergência do movimento GHI, levando em consideração suas lutas e trajetória a partir do processo de reivindicação de direitos voltados à expressão da livre orientação sexual. Metodologicamente, utiliza a cartografia para observação de campo e acompanhamento de processos, como procedimento para a construção de um percurso investigativo e análise processual da pesquisa. A literatura da área aponta a emergência do movimento homossexual no Brasil na década 70, assim como outros movimentos das culturas minoritárias, este período é marcado pela afirmação de um projeto de politização da questão da homossexualidade. Apresenta algumas discussões acerca da sexualidade no cenário mundial, bem como os matizes e os projetos dos movimentos homossexuais no Brasil com ênfase na região Norte no período compreendido desde a década de 1970 até o ano de 2017. A luta por direitos focada na questão da homossexualidade e posteriormente nas questões LGBT, já vem de uma trajetória histórica de muitas décadas, entender essa história que antecede os movimentos atuais é rememorar uma luta de militantes. Este retorno histórico nos permite visualizar e analisar o contexto e as condições de emergência do GHI. Dentre os principais autores-interlocutores da pesquisa podemos citar: Michael Foucault (1998), Gilles Deleuze (1997), Fellix Guattari (1997), Judith Butler (2003; 2008), entre outros. Ressalta-se que o movimento GHI foi fundado no ano de 2001, como uma luta de resistência dos sujeitos inseridos nas chamadas ‘minorias sexuais, porém seu reconhecimento jurídico é adquirido apenas no ano de 2008. Dessa forma, busca-se descrever e analisar esse movimento a partir das micropolíticas de luta das diferenças.