OMO’EPOTA KONOMITOA: EXPERIÊNCIAS DE ALFABETIZAÇÃO NA LÍNGUA MATERNA NA ALDEIA ASSURINI
Palavras-Chave: Educação Indígena; Alfabetização; Língua Materna
O estudo tem como objetivo compreender como se desenvolve o processo de alfabetização na língua materna de alunos do 3º ano do ensino fundamental da escola indígena Warara’awa Assurini, buscando reconhecer os aspectos que interferem no processo de alfabetização na língua Assurini na turma do 3º ano do ensino fundamental da escola indígena Warara’awa Assurini, visando desenvolver nessa escola indígena o ensino da língua materna por meio da oralidade, no sentido de contribuir com o ensino e aprendizagem das crianças Assurini, criando, assim, mais situações que valorizem e incentivem a reflexão dos alunos no que diz respeito a língua do povo Assurini. Metodologicamente o estudo consiste em uma pesquisa qualitativa, por entendermos que esta responde melhor aos objetivos e problemática apresentada neste estudo, adentrando nas vertentes metodológicas, dos pressupostos teóricos da História Oral, por caracterizar-se enquanto uma das modalidades mais adequadas para fazer-se ouvir os sujeitos, ora silenciados, arbitrariamente, nas análises de suas vidas, de suas condições e realidades, dando visibilidade às expressões relatas pelos sujeitos protagonistas, que cotidianamente reinventam e ressignificam as lógicas de sociabilidade nos espaços onde estão inserido. Assim sendo, estão sendo realizadas entrevistas semiestruturadas, mediante um roteiro de questionamentos, onde os colaboradores da pesquisa, são instigados a partilhar seus conhecimentos a respeito da cultura Assurini. Com base nesses conhecimentos sobre a cultura pretende-se realizar uma oficina cujo produto final dela consistirá na produção de um livro de histórias e cantos do povo Assurini, que contará com as narrativas e a produção de alguns textos autorais, que será traduzido, sempre com a colaboração dos sábios da aldeia, para finalmente levar o material para aplicação junto aos alunos, quando os sábios também participarão dos momentos de contação das histórias, que se darão tanto no espaço escolar quanto nos espaços da aldeia tradicionalmente utilizados para reuniões.