Educação Superior em tempo de distanciamento social: os desafios do trabalho docente na Universidade Federal do Pará/Campus Universitário do Tocantins
Educação superior. Trabalho Docente. Mediação. Contradição
A pesquisa, em andamento, é parte integrante da pesquisa de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura, da Universidade Federal do Pará – Campus Universitário do Tocantins. A pesquisa tem como objetivo investigar o trabalho docente e as implicações advindas da adoção do ensino remoto, na Universidade Federal do Pará, Campus Universitário do Tocantins, bem como, analisar as condições do teletrabalho docente no ensino superior e as implicações nas práticas pedagógicas no Campus Universitário do Tocantins e as estratégias que foram adotadas pelos docentes para mediar as atividades no ensino remoto. As categorias trabalho e trabalho docente vem sendo debatidas por muitos autores que norteiam o debate acerca da temática, onde busca-se referência em Marx (2008), Antunes (2020), Frigoto (2010), Pinto (2005), Braga (2009), Fidalgo (2009), Duarte (2008), Magalhães (2021), Saviani e Galvão (2021), Mancebo (2020), Guimarães e Maués (2021) dentre outros. A pesquisa busca embasamento no materialismo histórico, referenciada pela abordagem qualitativa, adotando como técnica de coleta de dados a análise documental e entrevista com docentes da Universidade Federal do Pará/ Campus Universitário do Tocantins. Os resultados das discussões sobre trabalho docente indicam que a adoção ao ensino remoto possibilitou e condicionou formas de precariedade e intensificação ao ensino e isso reverbera em precarização e intensificação das condições de trabalho dos docentes em consequência da sobrecarga das jornadas de trabalho. Os dados apontam que os docentes têm realizado seu trabalho em condições improvisadas e inadequadas, uma vez que o ensino remoto foi imposto sem planejamento algum. Identifica-se também que o teletrabalho acaba por aumentar a produtividade do trabalho e intensificam os mecanismos de extração do sobretrabalho, além de que, essas formas de exploração acabam por trazer consequências negativas para a saúde dos docentes, tanto física quanto mental.