O PROTAGONISMO NHEENGAÍBA: Reflexões sobre o ensino das histórias e culturas indígenas no Marajó das Florestas
Protagonismo Indígena Marajoara, Representações Sociais, Lei 11.645/2008, Currículo e Marajó das Florestas.
O texto discute à luz da Lei11.645/2008 a implementação da temática indígena marajoara no currículo da educação básica em Breves, no Marajó, concebendo o currículo como campo político e cultural atravessado por relações de poder, podendo transmitir visões e identidades interessadas particulares e sociais, mas sendo suscetível a mudanças e transformações resultantes do dinamismo social. A investigação busca entender como os Nheengaíbas de Marajó são representados em diferentes espaços e tempos, justificando seu protagonismo na história. Em um primeiro momento, nas memórias de jesuítas, viajantes, naturalistas e historiadores (1639 – 1659) e, posteriormente, no currículo, livros didáticos e na experiência de professores em tempos atuais. O texto dialoga com as ciências humanas e sociais, apoiando-se nos referenciais de Le Goff (1990); Halbwachs (1990); Ricoeur (2007), Moscovici (2007) e autores que debatem o protagonismo indígena no Brasil, fazendo uso das categorias Memória, Esquecimento, Protagonismo Indígena e Representações Sociais, assim como, Currículo, Livro Didático e Docência nos referenciais de Moreira e Tadeu (2009), Silva (2016), Santos (2019), Bhabha (1998,) Apple (2008), Bittencourt (2009, 2013) entre outros. Como metodologia, trabalhou-se as pesquisas documental, bibliográfica e a aplicação de entrevistas, com o uso da abordagem qualitativa. Estima-se que as reflexões alcançadas possam instigar a inclusão da temática indígena marajoara nos currículos e nas escolas de Breves e no Marajó, assim como, fomentar a produção de novas pesquisas relacionadas ao tema.