CORPO E ARTE PERFORMATIVA DE GÊNERO: HETEROTOPIAS INVENTIVAS NA EDUCAÇÃO
Educação. Arte performativa. Corpo. Gênero. Heterotopias.
Este trabalho tem por objetivo discutir questão relacionadas ao corpo e a arte performativa do gênero destacando sua potência inventiva na construção de espaços de heterotopias na educação. Busca-se pensar a linguagem da arte performativa articulada aos conceitos de corpo e gênero como elementos produtores de atos de transgressão, resistência e criação de espaços heterotópicos na educação. Em sua perspectiva teórico-conceitual o trabalho dialoga com BUTLER (2017), DELEUZE-GUATTARI (2017), FOUCAULT (2013), LOURO (2003), COHEN (2013), PEREIRA (2013), PASSETI (2008), LEMEBEL (1986), autores que inspiraram o estudo e a problematização da arte performativa do gênero na perspectiva da diferença na educação. Em seu aspecto metodológico visa analisar a arte performativa de gênero desenvolvida pelo escritor e performer chileno Pedro Lemebel conjugada com performances realizadas por grupo LGBT em espaços educacionais em Cametá. O acompanhamento e registros dessas intervenções são realizados por meio de fotografias, relatos de experiências escolares e acompanhamento das intervenções. Por meio da arte performativa de gênero o estudo busca problematizar as questões de governo e regulação do corpo e pensar o campo educacional a partir do conceito foucaultiano de heterotopias, como ação política de contra posicionamento, de resistência, de criação de espaços de liberdade na educação.