SÍTIOS AGRÍCOLAS DAS COLÔNIAS DE SÃO VICENTE E PONTA GROSSA: ENTRE A ATUAÇÃO DA PRELAZIA DE CAMETÁ E OS TRABALHADORES RURAIS DE CARAPAJÓ
Sítios Agrícolas. Trabalhador rural. Teologia da Libertação. Prelazia de Cametá. Pimentado-reino.
Este relatório trata da pesquisa em andamento para a construção da dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura. O objetivo é analisar o processo de implantação dos Sítios Agrícolas, considerando estas experiências como importantes para a formação e a organização dos trabalhadores rurais das Colônias São Vicente e Ponta Grossa da comunidade de Carapajó, Município de Cametá-Pará. O projeto Sítios Agrícolas se constituiu em uma das atividades sociais desenvolvidas entre as décadas de 1970 e 1980 pela Prelazia de Cametá, o qual agregou em sua fase final quarenta e duas famílias para a produção agrícola, tendo como principal cultura a pimenta-do-reino. A problemática da pesquisa está vinculada a compreensão de como se efetivou a participação dos trabalhadores rurais no processo de implantação dos Sítios Agrícolas, o seu engajamento sociopolítico e a relação trabalhoeducação nesse contexto rural. Para este estudo adotou-se como metodologia a História Oral, através de uma abordagem qualitativa, norteada por levantamento e análise documental, visitas ao campo e entrevistas com os sujeitos que fizeram parte deste projeto. Pretende-se neste trabalho abordar as seguintes concepções teóricas: ideologia, classes sociais, teologia da libertação, trabalhador rural, educação e trabalho. A referida pesquisa está sendo articulada teoricamente em Gutiérrez (2000), Thompson (2011), Marx (2004), Arroyo (2013), Löwy (2000), Cândido Grzybowski (1990), Boff (2004), entre outros autores; e também em estudos relacionados ao trabalho no campo e em documentos da Igreja Católica, haja vista que a Prelazia de Cametá é uma instituição religiosa pertencente a essa igreja. Esta pesquisa nos permitirá compreender o percurso histórico dos trabalhadores rurais da comunidade de Carapajó, o reconhecimento social desses indivíduos enquanto sujeitos sociais do campo, trabalhadores rurais, que lutam por superação das relações sociais de exclusão.