PLANTAS MEDICINAIS: SABERES, PRÁTICAS E ENSINAMENTO PRESENTES NA VIVÊNCIA DOS IDOSOS ASSISTIDAS NO CENCAPI, CAMETÁ-PA
Saberes Culturais, Plantas Medicinais, Modernidade.
O estudo objetiva analisar os saberes e práticas presentes na convivência de moradores assistidos pelo Centro de Convivência a Pessoas Idosas (CENCAPI) da cidade de Cametá-PA a respeito do uso de plantas medicinais para fins curativos, descrevendo os processos de mudanças nas articulações do utilização, manejo e principalmente do significado que esse recurso medicinal representa para os sujeitos da pesquisa em tempos atuais. Utiliza-se como apoio teórico-metodológico obras de alguns autores que discutem o processo histórico do uso de plantas medicinais, saberes, cultura, memoria, dentre outros, como: HOBSBAWM (1998); ALVES, CAES (2015); DI STASI (1996); BANOSKI (2002); GURGEL (2012); CALAINHO (2005); SALGADO e GOMES (2016); PINTO (2010); TOMPSON (1992); MARCONI e LAKATOS (2010); CANCLINI (2012); GEERTZ (2013); HALL (2011); LARAIA (2001). Da mesma forma, se realiza a pesquisa de campo, mediante observação participante, entrevistas, visitas domiciliares e conversas informais. Dados preliminares da pesquisa, ainda em andamento, apontam que as mudanças apresentadas pela modernidade “tende” a desmistificar (falsear) ou hibridar os conhecimentos construídos pelo senso comum, com isso algumas construções ideológicas estabelecidas ao longo do tempo a respeito do uso de plantas medicinais para os assistidos no CENCAPI permanecem sobre a guarda das significações deixadas pelos laços afetivos, mas outras passaram por um processo de transformação (técnica e socioculturais) apresentado pelos avanços da tecnologia, transformações espaciais e intelectuais.