Comunicação cortical funcional em energia e coerência de fase durante o reconhecimento de faces: uma abordagem usando o EEG.
Conectividade, Coerência de fase, dWPLI, Causalidade de Granger, EEG, Reconhecimento facial.
Diferentes estados mentais e atividades cognitivas refletem estados de ativação cerebral. Cada momento perceptual ou atentivo consciente ou inconsciente envolve a ativação diferencial de áreas cerebrais. Analisar quais áreas estão ativas e quais estão se comunicando ao realizar uma tarefa de reconhecimento facial é o objetivo deste trabalho. A habilidade de reconhecer faces se desenvolve ao longo dos anos, atinge seu desempenho máximo e apresenta declínio a partir dos 60-70 anos. Para avaliarmos esta habilidade, realizaremos a análise de conectividade do cérebro utilizando os dados obtidos através de eletroencefalografia – EEG, uma metodologia utilizada para registro e análise de componentes eletrofisiológicos. Realizaremos a análise de conectividade funcional e efetiva. Na conectividade funcional áreas corticais se comunicam segundo uma dependência temporal entre a atividade de diferentes neurônios ou a sincronização da ativação de áreas cerebrais ao realizar uma tarefa cognitiva específica. Para avaliar conectividade funcional será usado o cálculo da coerência espectral de fase. Afim de evitar estimativas errôneas causadas pela condução volumétrica, também utilizaremos o dWPLI (debiased weighted phase lag index) para avaliar a conectividade funcional. A conectividade efetiva utiliza a informação proveniente da conectividade funcional e determina a influência direta ou indireta que uma região cortical pode ter sobre outra. Será utilizada a causalidade de Granger também conhecida como predição de Granger, uma técnica fundamental para avaliar as relações causais e o fluxo de informações entre séries temporais simultâneas. Através deste tipo de análise podemos determinar a direção em que a informação flui no cérebro. Este trabalho se propõe a realizar uma análise de maneira exploratória sobre a maneira como diferentes regiões corticais se comunicam, na mesma faixa de frequência e em diferentes faixas de frequência, em diferentes faixas etárias.