AVALIAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO SUPRALIMIAR NA VISÃO DE CORES PARA DETERMINAÇÃO DA FAIXA DE NORMALIDADE
Visão de cores, discromatopsia, avaliação supralimiar
Introdução: Testes de discriminação de cores têm sido grandemente usados para o diagnóstico de deficiências congênitas e adquiridas da visão de cores. Esses testes se baseiam na estimativa de limiares de discriminação de cor, tarefa esta que consome bastante tempo para ser realizada. Pouco se sabe sobre a qualidade do teste supralimiar para o diagnóstico de deficiências congênitas da visão de cores.
Objetivos: Determinar a faixa de normalidade para discriminação supralimiar cromática de sujeitos tricromatas normais e usa-la para avaliação de discromatopsia congênita.
Metodologia: Será determinado o fenótipo da visão de cores dos sujeitos testados através do Cambridge Colour Test (Cambridge Research System, CRS, Rochester, Reino Unido). Serão avaliados 30 sujeitos tricromatas normais e 10 sujeitos discromatópsicos. O teste utilizado para avaliação da visão de cores supralimiar será realizado usando o sistema ViSaGe (CRS) e programação MATLAB. Os estímulos consistirão de 80 mosaicos de círculos com ruído espacial de luminância entre 8 e 18 cd/m2. Um subconjunto de círculos comporá um alvo que perceptualmente tem o formato da letra C devido a diferença de cromaticidade em relação ao restante do mosaico. O teste será composto pela apresentação de cada mosaico por 2 s. Em cada uma das apresentações, o alvo terá a cromaticidade de 1 entre 20 cromaticidades dispostas ao redor da cromaticidade de referência (u’ = 0,195; v’ = 0,48). O tamanho do vetor cromático do alvo terá a variação de 0,06, 0,04, 0,03, 0,02, 0,01 e 0,005 unidades u’v’. Cada tamanho do vetor terá 20 cromaticidades que serão mostradas 4 vezes totalizando 80 estímulos. Sendo 6 tamanhos (0,06, 0,04, 0,03, 0,02, 0,01 e 0,005) de vetores cromáticos, o teste no total será composto de 480 estímulos. A tarefa do sujeito será de identificar a orientação da abertura do alvo do mosaico (para cima, para baixo, para direita e para esquerda). Em cada uma das 6 condições de tamanho de vetor cromático será quantificado a magnitude e o ângulo do erro. A magnitude do erro será estimada como a frequência do erro durante o teste. O ângulo do erro será a resultante vetorial da frequência dos erros nas diferentes angulações. Pela porcentagem de erro será calculado a diferença entre os tricromatas e discromatópsicos. Essa porcentagem de erro será mostrada através de gráfico gerado por uma programação em MATLAB.