Respostas Assertivas, Autorregras e Estilos Parentais de Mulheres em Relação ao Comportamento Alimentar do(a) Filho(a)
Comportamento Alimentar Infantil; Estilos Parentais na Alimentação; Comportamento Assertivo; Regras; Autorregras.
O estudo objetivou identificar em que situações, mulheres apresentavam dificuldades de emitir os comportamentos de fazer e recusar pedidos, expressar descontentamento e pedir mudança de comportamento a seus filhos em relação a alimentação destes, e as prováveis autorregras associadas a essas dificuldades. Adicionalmente, objetivou verificar se há associações entre autorrelatos indicativos de assertividade, variáveis sociodemográficas e estilos parentais de alimentação. Para isso, foi realizado um estudo transversal descritivo-analítico com 135 mulheres, com idades entre 30 e 50 anos, que possuíam filhos com idade entre 6 e 12 anos, com nível superior completo ou incompleto, residentes na região metropolitana Belém-PA. Estas preencheram um Questionário Sociodemográfico, um Questionário de Assertividade em Relacionamentos Afetivos Parentais, um Inventário de Habilidades Assertivas (IHA) e um Questionário de Estilos Parentais na Alimentação (QEPA). Os resultados mostraram que a maioria das participantes apresentaram um escore mediano de habilidades assertivas (50,4%), e que as variáveis vínculo empregatício, escolaridade e renda pessoal, tiveram associação significativa com a assertividade. Além disso, a maioria das participantes (65,2%) apresentaram escore indicativo de estilo parental permissivo na alimentação de seus filhos. As participantes relataram ter dificuldade de emitir os quatro comportamentos alvos do estudo, indicando diferentes situações dificultadoras para a emissão destes. Situações que requeriam fazer pedidos em relação à alimentação de seus filhos, apresentaram os maiores índices de ocorrência (74,8%), e as situações que envolviam expressar descontentamento ocorreram em menor frequência (59,2%). As categorias situacionais indicadas com maior frequência foram as relativas a ingestão de “ultraprocessados” (26,25%) e “legumes, verduras e frutas” (25,33%). A autorregra mais descrita como motivo para a não emissão dos comportamentos assertivos foi “não irá atender/obedecer” (29,44%), sugerindo que emissões desses comportamentos no passado não foram reforçadas. Os resultados contribuem para a ampliação do conhecimento acerca da assertividade de mulheres no relacionamento parental e da influência do estilo parental na alimentação.