FATORES ASSOCIADOS AO VOLUME DE LEITE MATERNO ORDENHADO POR MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS INTERNADOS
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Introdução: O melhor alimento para o recém-nascido pré-termo é o leite da própria mãe. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano orienta uma norma para coleta de leite materno no ambiente neonatal, sendo fundamental para ofertar o melhor alimento ao recém-nascido enfermo pois, auxilia sua recuperação e favorece a manutenção do aleitamento materno. Objetivo: Investigar fatores comportamentais, dados sociodemográficos e de manejo da amamentação associados ao volume de leite materno ordenhado pelas mães de recém-nascidos prematuros internados. Método: Trata-se de um estudo correlacional, transversal e de caráter analítico. Foram incluídas na pesquisa, mães de recém-nascidos prematuros internados na Unidade Neonatal da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, com idade igual ou superior a 18 anos, livres de doenças que contraindicassem a amamentação. Foram aplicados instrumentos de avaliação como: questionário de informações pessoais, Inventário de Ansiedade e o Inventário de Depressão. A quantidade de leite ordenhado e a frequência na sala de apoio para a ordenha, foram verificados por meio de planilha já existente na sala de apoio do Banco de Leite Humano da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. A análise estatística foi realizada no software Statistical Package for the Social Sciences versão 21.0, que indicou a frequência das variáveis estudadas, média e desvio padrão, por meio da Regressão Linear Simples. Resultados: 69,09 % das mães estão na faixa etária de 18 a 30 anos de idade; 72,73% possuem o Ensino médio; 54,5% possuem apenas 1 filho e 50,9% destas, estão em uma união estável. Em relação a ocupação, 47,27% são donas de casa. Quanto aos recém-nascidos prematuro, 89,9% estão entre 1 a 20 dias internados. Quanto ao número de vezes que a mãe entrou na sala de apoio do Banco de Leite Humano, para fazer a ordenha de leite materno 53,64% delas, entrou apenas 1 vez por dia e a média do volume de leite ordenhado foi de 50 ml por dia. Em relação aos níveis de ansiedade e depressão, a maioria das mães apresentou grau moderado, com 31% e 48%, respectivamente. Níveis baixos de ansiedade e depressão foram associados a maior quantidade de leite materno ordenhado. 62,3% das mães, são procedentes de cidades do interior do estado do Pará. Conclusão: Mães de recém-nascidos prematuros enfrentam diversos desafios em relação à produção de leite materno. A frequência da ordenha e a estimulação precoce, têm um impacto significativo na produção e no volume de leite ordenhado. Quanto maior os níveis de ansiedade e depressão materna, menor o volume de leite ordenhado. Pode-se observar também que quanto mais próxima ao local de internação do recém-nascido prematuro, maior foi a frequência na ordenha de leite materno.