EFEITO ANTICONVULSIVANTE, ANTI-INFLAMATÓRIO E NEUROPROTETOR DO EXTRATO DE GERGELIM PRETO (SESAMUM INDICUM L.) NA EPILEPSIA INDUZIDA POR PILOCARPINA EM RATOS WISTAR
epilepsia; gergelim preto; efeitos neuroprotetores.
Pacientes portadores de epilepsia fazem uso contínuo de medicações e sabe-se que há muitas plantas medicinais que tem efeitos benéficos para algumas condições patológicas, porém ainda não há estudos que comprovem alguns mecanismos de ação. Existem relatos anedóticos de que o chá do gergelim preto pode ser anticonvulsivante, mas inexistem estudos científicos sistemáticos sobre o tema. Os modelos de epilepsia onde se utiliza agentes químicos na indução do status epilepticus, tais como a pilocarpina, induzem conspícua perda neuronal e neuroinflamação. A partir disso, o objetivo da presente pesquisa será investigar os possíveis efeitos anticonvulsivante, anti-inflamatório e neuroprotetor do extrato supercrítico do gergelim preto (Sesamum indicum L.) em um modelo de epilepsia experimental induzido por pilocarpina em rato adultos. Neste estudo, será utilizado o modelo experimental com a droga pilocarpina para a indução de epilepsia. Nesse modelo, ocorre um insulto inicial ao tecido nervoso que acarreta as crises espontâneas, visando replicar a mesma sequência que ocorre em paciente com epilepsia do lobo temporal (ELT). A pilocarpina produzirá um estado de crise epiléptica persistente. O nível de crise poderá ser quantificado pelo Método de Racine. Vinte e quatro (n=24) ratos (Rattus norvegicus) adultos da linhagem Wistar do sexo masculino com peso entre 250 g a 350 g serão usados como sujeitos. Os ratos serão divididos em três grupos: um grupo controle e dois experimentais. Em todos os grupos, haverá indução de estado de crise epilética sendo que um dos grupos experimentais haverá tratamento com extrato supercrítico de gergelim por 03 dias e em outro grupo por 07 dias. Espera-se que nos grupos experimentais o extrato supercrítico de gergelim poderá reduzir as frequências das crises convulsivas espontâneas que ocorrem após o status epilepticus bem como poderá diminuir a neuroinflamação e induzirá neuroproteção no hipocampo e em outras regiões cerebrais, no modelo experimental investigado.