Apego Adulto, Estratégia de História de Vida e Vínculo Afetivo em Gêmeos
Gêmeos; apego adulto; história de vida; vínculo afetivo.
Na Perspectiva Evolucionista, pesquisadores sugerem que o amor romântico foi selecionado de modo que permitiu a permanência dos parceiros na relação. A construção do vínculo afetivo entre os pares desenvolveu-se, principalmente, por conta da prematuridade do bebê. Nessa relação, o sistema de apego propicia aos infantes procurar no seu principal cuidador segurança e conforto. Já os estilos de apego adulto são entendidos como uma representação padrão de vinculação pessoal, internalizada e abrangente. Considerou-se, também, a Teoria da História de Vida, que identifica as estratégias desenvolvidas na ontogênese do indivíduo. E, para entender as influências de possíveis fatores genéticos e ambientais em relação a esses aspectos, escolheu-se a Metodologia de Estudos com Gêmeos. Participaram da pesquisa 37 pares de gêmeos monozigóticos e 11 pares de dizigóticos, a maioria do sexo feminino, estudante universitário e de diversos estados do Brasil. Os gêmeos responderam um questionário online por meio da plataforma googleforms. Utilizou-se o Programa Statistical Package Social Sciences para realizar as análises estatísticas. Todos os gêmeos foram criados (X²=63,529; df=38; p=0,006) e estudaram juntos (X²=14,860; df=14; p=0,388). Quanto à análise de confiabilidade do inventário de zigosidade, constatou-se boa consistência interna (α=0,876) para semelhança física e consistência interna muito boa (α=0,906) para identidade. A maioria dos gêmeos apresentaram estilos de apego seguro; vinculação baixa e estratégia lenta, como elevado investimento parental e pouco número de filhos. Reafirmou-se que os fatores ambientais possuem papel relevante no desenvolvimento socioafetivo do ser humano.