Relação entre vínculo amoroso e estilos de apego adulto em gêmeos monozigóticos e dizigóticos.
vínculo amoroso; estilo de apego adulto; história de vida; gêmeos.
Na perspectiva da Psicologia Evolucionista no estudo do comportamento humano, diferentes critérios de seleção de parceiros concernentes à manutenção dos relacionamentos amorosos sofreram diversas pressões seletivas, possibilitando um complexo processo de adaptação evolutiva dos mecanismos da psicologia humana. Desta forma, o amor romântico, considerado um dos três sistemas cerebrais “selecionados”, evoluiu e permitiu que os indivíduos tivessem sua energia focada num companheiro, possibilitando a aproximação e o investimento reprodutivo e, consequentemente, o cuidado parental, variando conforme as situações sociais, culturais e ecológicas. Nesse processo, pesquisadores sustentam a premissa que tanto os animais quanto os seres humanos desenvolveram, ao longo do seu passado evolucionário, inclinação natural para a construção de vinculação afetiva, no qual o primeiro cuidador ou cuidador principal serviria como modelo para a formação de vínculos posteriores, chamado de sistema de apego. Deste modo, este processo de vinculação contribui como suporte para o desenvolvimento do sujeito durante toda a sua ontogênese (história de vida), bem como nas suas relações amorosas e de amizade, quanto no cuidado para com os filhos. Assim, considera-se que as relações de apego e segurança são marcadas pelas figuras de cuidado ao longo da infância e adolescência, em que influenciam na habilidade do adulto em usar recursos internos frente às demandas que se apresentam, posto que há uma semelhança da vinculação infantil e adulta. . Por outro lado, dependendo da interação entre a criança e o cuidador/a, especialmente a mãe, este processo de vinculação pode contribuir para a formação de diferentes estilos de apego que podem refletir nas relações interpessoais durante a fase adulta. De igual modo, compreendendo que estes estilos de apego adulto possuem intensa relação com ambiente, considerou-se no presente estudo a Teoria da História de Vida. Nesse estudo, busca-se uma perspectiva interacionista no entendimento desses aspectos abordados, considerando a indissociabilidade e a diversidade dos elementos ambientais e hereditários. Portanto, para entender as influências dos fatores filogenéticos e ontogenéticos sobre a relação entre os níveis de vinculação amorosa e estilos de apego adulto, escolheu-se a Metodologia de Estudos com Gêmeos.