Análise Quantitativa de Neurônios e Interleucina-1beta em ratos que sofreram Status Epilepticus pelo Modelo de Pilocarpina
epilepsia, modelo animal, neuroinflamação, análise quantitativa; citocinas.
A epilepsia é a predisposição de desenvolver crises epilépticas espontâneas e recorrentes. Ela é uma das doenças do sistema nervoso mais comuns na população mundial e cerca de 30% dos pacientes com epilepsia apresentam resistência aos medicamentos disponíveis, caso conhecido como Epilepsia Refratária, por isso existe grande interesse em desenvolver novas formas de tratamento para a epilepsia e estudar a fisiopatologia da doença em modelos animais. A Epilepsia do Lobo Temporal (ELT) é uma das principais epilepsias refratárias e frequentemente apresenta lesão na região do hipocampo chamada de Esclerose Hipocampal (EH), devido a isto o hipocampo é um dos focos epilépticos mais estudados. Tradicionalmente um aumento da expressão de IL1- β e da ativação microglial são característicos de processo inflamatório no sistema nervoso. A resposta inflamatória é uma forma de defesa contra agressões no local, mas quando exagerada pode aumentar o dano no tecido, inclusive na epilepsia. Neste trabalho para identificar e quantificar a tendência de perda neuronal e processo inflamatório no hipocampo após Status epilepticus induzido por pilocarpina foram usados 11 animais divididos em 3 grupos: Grupo controle (n=5), apenas solução salina sem ser induzido à crises epiléticas, com tempo de sobrevida de 7 dias; Grupo pilocarpina 1 dia (n=3), animais com sobrevida até 1 dia após a indução das crises; Grupo pilocarpina 7 dias (n=3), animais com sobrevida de até 7 dia após a indução das crises. Em seguida, foi feita a extração dos encéfalos e teste imunohistoquímico com anticorpo anti-NeuN e antI-IL-1beta, para contagem celular no padrão de marcação. Todos os esforços foram aplicados para evitar o estresse excessivos dos animais durante os procedimentos. A morfologia do hipocampo e a marcação das células com o anticorpo Anti-NeuN foi observada nos três grupos, o grupo controle apresentou mais células do que os demais, já a marcação Anti-IL-1beta foi mais fraca nos grupos controle e reduzida no grupo pilocarpina 7 dias, e com maior intensidade e expressão no grupo pilocarpina 1 dia, os grupos foram comparados com o teste estatístico Kruskal-Wallis e não apresentaram diferenças significativas, porém um padrão de acordo com o previsto em estudo anterior que pode ser investigado com outras amostragens.