FADIGA MENTAL E DESEMPENHO FÍSICO DE ATLETAS DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS: UMA ABORDAGEM DE CARGA COGNITIVA INDIVIDUALIZADA
Esforço cognitivo, teste de Stroop, esporte paraolímpico, resistência, percepção de esforço.
Estudos sobre a relação entre fadiga mental (FM) e desempenho físico sugerem que a FM pode diminuir o desempenho motor de atletas em diferentes esportes. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a influência da fadiga mental no desempenho físico de atletas de basquetebol em cadeira de rodas (BCR). Onze atletas do sexo masculino participaram do estudo. Trata-se de um estudo experimental com medidas repetidas (crossover e randomizado) composto por três sessões experimentais: 1) Linha de base - familiarização: para seleção dos participantes e familiarização com os instrumentos; 2) Baixa demanda cognitiva (BDC): compreende uma tarefa física após assistir a um documentário por um período de trinta minutos; 3) Alta demanda cognitiva (ADC): compreende a realização de um teste físico após a indução da fadiga mental. A carga cognitiva foi individualizada para a condição FM. Para a avaliação do desempenho físico, foi realizado o teste intermitente Yo-Yo, e o desempenho cognitivo foi avaliado por meio do teste Stroop. As condições de ADC e BCD foram comparadas por meio dos testes t de Student e testes de Wilcoxon, de acordo com a normalidade dos dados. A condição ACD resultou em uma diminuição no desempenho físico para distância (BDC: 1169±429m; ADC: 924±399m; p<0,01) e tempo de teste (BDC: 18±6,89 min; ADC: 14±6,49 min; p<0,01). A nível de esforço percebido (PSE) ao final do teste físico diferiu significativamente entre as condições (BDC: 15±0,9; ADC: 17±1,4; p<0,002). Concluímos que o FM reduziu o desempenho físico em um teste específico de BCR.