PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DESCRITIVO DE PESSOAS COM EPILEPSIA EM UMA CLÍNICA DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ
Epilepsia Refratária, epidemiologia descritiva, Belem-Pará
A epilepsia é classificada de duas formas, segundo sua etiologia e de acordo com a região de início das descargas exacerbadas. A fisiopatologia da epilepsia envolve alterações cerebrais estruturais ou funcionais que desequilibram a atividade elétrica do córtex. A compreensão sobre a causa da epilepsia ainda é bastante discutida, mas há teorias e explicações bem aceitas, como a epilepsia temporal medial que afeta o hipocampo. A epilepsia é uma condição neurológica que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo e pode ter um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. A epidemiologia é fundamental para entender a prevalência da epilepsia e os fatores de risco associados à sua ocorrência. É de fundamental importância a educação e conscientização pública sobre a epilepsia para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o estigma social associado à doença. Nos resultados foi visto que a maioria dos pacientes era do sexo masculino e com idades entre 11 e 20 anos. O tipo mais comum de epilepsia foi a epilepsia focal, e a comorbidade mais comum foram as anormalidades morfológicas. O estudo também encontrou associações significativas entre determinados fatores demográficos e clínicos e o tipo de epilepsia. Os resultados demonstraram que a epilepsia focal foi a mais comum, afetando principalmente homens, e que há uma maior prevalência da doença na faixa etária até 20 anos. As particularidades morfofuncionais do cérebro feminino e masculino parecem conduzir a tipos específicos de epilepsias. A falta de informações nos prontuários tem impacto na qualidade do cuidado e assistência da equipe, bem como impacta nas pesquisas de saúde e pesquisas epidemiológicas. Estudos epidemiológicos revelam um panorama antes desconhecido, o que conduz a um impacto na saúde pública conduzindo a mudança de realidade a quem mais importa, a pessoa acometida pela patologia. O presente estudo teve diversas dificuldades em sua realização, que perpassam desde processos burocráticos, passando por significativas folhas impressas de prontuários e chegando à realidade da carência no preenchimento homogêneo, comprometido e humanizado das avaliações. Por fim, mais estudos são necessários objetivando esclarecer o dado epidemiológico acerca da epilepsia na região norte do país. Sugere-se também um trabalho de padronização dos prontuários.