O PAPEL DO RECEPTOR 5HT2C NOS DIVERSOS DOMÍNIOS COMPORTAMENTAIS EM PEIXES PAULISTINHAS (DANIO RERIO)
transtornos mentais, psicopatologia experimental, serotonina, 5-HT2C, paulistinha.
Os transtornos mentais comuns são muitas vezes incapacitantes e demonstram-se em crescimento numérico no âmbito global. A psicopatologia experimental é uma área de estudo dos fenômenos psíquicos geracionais de tais transtornos, através de experimentos com modelos animais em busca de possíveis causas e tratamentos. Transtornos de grupos diferentes podem apresentar base patológica compartilhada, com compartilhamento de sintomas. Um exemplo desta base patológica compartilhada é a participação do sistema serotonérgico nestes distúrbios. Este sistema é composto por diversos receptores, à exemplo do 5-HT2C. De forma geral, sabe-se que os agonistas do 5-HT2C aumentam os comportamentos de ansiedade, mas o seu papel nos transtornos do humor permanece controverso. O paulistinha pode servir como um modelo animal interessante para aprofundar-se acerca do tema, pois combina a relevância de ser um vertebrado com a escala de um invertebrado que demanda de um pequeno espaço para a sua manutenção, o baixo custo e a praticidade para triagens em larga escala. O presente estudo tem o objetivo de descrever o papel do receptor 5-HT2C nos diversos domínios comportamentais relacionados a transtornos mentais com possível relevância translacional. Para isso, teremos três grupos de peixes: um grupo estará sob o efeito do fármaco MK-212, agonista ao receptor 5-HT2C; um outro grupo estará sob o efeito do fármaco RS-102221, antagonista ao receptor 5-HT2C e um terceiro grupo, será o grupo controle, sem utilização de fármaco algum. Os três grupos passarão por dois testes comportamentais: distribuição vertical eliciada pela novidade e preferência claro-escuro. Todos os peixes realizarão os dois testes de forma sequencial e individual: um peixe por vez.