correlato eletrofisiológico da discriminação de faces no processo de envelhecimento
Reconhecimento de Faces, Discriminação de Estímulos, EEG, Potencial Relacionado a Estímulos, N250.
As respostas de identificação e nomeação que permitem discriminar pessoas familiares de pessoas não familiares advém de um longo histórico de reforçamento diferencial. Parte-se do pressuposto que quanto maior o tempo de exposição a um estímulo e a capacidade de nomeá-lo, maior será a discriminação. A onda N250 é um correlato eletrofisiológico que tem sido relacionado a estímulos familiares, com maior robustez diante destes em relação a estímulos desconhecidos. As pesquisas têm utilizado, preferencialmente, fotos de pessoas famosas para investigar a N250. Ademais, não analisaram sua ocorrência diante de faces de pessoas da mesma família ao longo do processo de envelhecimento, em um estudo transversal. Os objetivos do estudo foram verificar a presença de respostas comportamentais de identificação e nomeação de faces familiares e da ocorrência de correlatos eletrofisiológicos em participantes com idades variando entre 20 e 80 anos. O experimento foi dividido em cinco fases. Nas Fases 1, 2, 3 e 4 foram feitos registros eletrofisiológicos. A Fase 1 diferiu das demais pela apresentação apenas de fotografias de pessoas desconhecidas, a Fase 4 pela emissão de resposta motora e a Fase 5, sem registro de tempo, pela identificação e nomeação das pessoas constantes nas fotografias. Os resultados evidenciaram mudanças no responder correspondente à identificação das faces de acordo com o aumento da idade e a robustez da onda N250 diante de faces familiares em contraposição às faces desconhecidas, porém sem apontar para alterações na resposta de nomear e na amplitude da onda ao longo do processo de envelhecimento.