Autolesão não suicida e adolescência no contemporâneo: Revisão integrativa da literatura (2018-2024).
autolesão não suicida; adolescência; contemporaneidade, DSM.
Este estudo se propôs a revisar e sintetizar a produção científica nacional sobre autolesão não suicida (ALNS) na adolescência, com o objetivo principal de levantar o estado da arte sobre o tema no período de 2018 a 2024 e como objetivos específicos, problematizar a inclusão da ANLS como categoria diagnóstica no DSM V e a emergência epidêmica da ALNS no contexto da modernidade líquida (BAUMAN). A revisão integrativa da literatura incluiu a análise de 24 estudos selecionados nas bases de dados BVS, Periódico Capes e Google Acadêmico, organizados em quatro categorias principais: a) aspectos psicodinâmicos e psicanalíticos, b) contexto escolar e intervenções educacionais, c) epidemiologia e fatores de risco e d) intervenções e impactos sociais. Os resultados revelaram uma produção científica diversificada, com ênfase na identificação de fatores de risco como conflitos familiares, vivências de violência e fragilidade de redes de apoio, e fatores de proteção, incluindo ambientes de suporte e intervenções de saúde mental. As pesquisas também destacaram o engendramento do sofrimento entre adolescentes pelas transformações sócio culturais das últimas décadas e a necessidade de abordagens orientadas pela integralidade do cuidado. Concluiu-se que, para enfrentar esse desafio de saúde pública, são necessárias estratégias integralizadas e multidisciplinares, priorizando a escuta do usuário de modo a produzir cuidado singular e ampliado envolvendo os múltiplos cenários por onde os adolescentes transitam e estabelecem seus vínculos e laços sociais. Nesta pesquisa, a polissemia conceitual da ALNS, foi identificada como uma limitação significativa, sugerindo a necessidade de maior padronização terminológica para facilitar a comunicação e a análise dos dados.