DIGNIDADE NO FIM DA VIDA E LOGOTERAPIA: CONTRIBUIÇÕES À CLÍNICA DE CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLOGICOS
Morte. Morrer com Dignidade. Câncer. Cuidados Paliativos.
A morte certifica o fim da existência humana e impulsiona questionamentos a respeito da qualidade do viver antes que esta venha ocorrer, em uma etapa do ciclo da vida que podemos referir como a da finitude do viver. Em se tratando de processos oncológicos com o agravamento da doença, os esforços das equipes de saúde são direcionados às medidas de conforto e segurança que possibilitem o bem-estar físico, psíquico e espiritual. São necessários esforços contínuos, no sentido de favorecer o alcance desses objetivos por partes das equipes de saúde. Esse estudo busca contribuir à elucidação do que significa dignidade no fim da vida de pacientes oncológicos, na clínica de cuidados paliativos. Para tanto, são abordadas a questão da dignidade humana enquanto um valor absoluto, à luz da declaração universal dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito; a Logoterapia e seus pressupostos, desenvolvida por Viktor Frankl, psiquiatria vienense que abordou o sentido da vida; o câncer é tratado como um problema de saúde pública, sendo ressaltado o estigma que gira em torno da doença, assim como, os cuidados paliativos disponibilizados aos pacientes oncológicos. No mais, a dignidade humana é discutida como fundamento da humanização dos cuidados paliativos. Conclui-se que esse valor, assim como a ontologia dimensional de Viktor Frankl corroboram para as ações voltadas à dignidade no processo de finitude. A dignidade na finitude do viver dos pacientes na clínica de cuidados paliativos oncológicos, assim como, o conceito de ortotanásia, são concordantes com os pressupostos da Logoterapia.