Reflexões psicanalíticas sobre a histeria masculina.
Histeria; Masculinidade; Freud; Psicanálise.
Nos primórdios da teoria psicanalítica e em alguns autores pós-freudianos, a histeria foi associada às mulheres. Freud, no início de sua disciplina, já lança um questionamento acerca dahisteria não ser uma manifestação psíquica exclusiva nas mulheres e se interessa pelo estudo da histeria ligada aos homens. Ele enfrenta dificuldades nesse início por parte da Sociedade de Medicina de Viena, que o questiona sobre a impossibilidade de haver histeria em homens e, por isso, é desafiado a apresentar um caso, o qual leva-o a elaborar e apresentar o caso de August P. A partir desse fato outras obras são dedicadas e relacionadas à esse tema, como, por exemplo, do pintor Christoph Haizmann. O objetivo dessa dissertação é compreender o funcionamento psíquico e as peculiaridades da histeria masculina, levando em consideração o contexto social e histórico no qual a teoria se desenvolveu. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio de artigos, periódicos e livros, em especial à obra de Freud e de autores contemporâneos. Conclui-se que a dificuldade de falar sobre a histeria em homens aponta para um dificuldade maior: problematizar a sexualidade masculina e a questionar o modelo falocentrico.