O excesso do uso de telas e suas ressonâncias na capacidade criativa de crianças pequenas.
Crianças; Capacidade criativa; Telas; Psicanálise; Winnicott.
Atualmente, o funcionamento da sociedade tem refletido os efeitos do advento de uma virtualidade crescente que permeia as relações e a vida na cultura contemporânea. E, é nesta conjuntura que a criança se constitui e se desenvolve. Em um tempo muito precoce do seu desenvolvimento, entra em contato com tablets, celulares, videogames e isso faz parte do contexto do tempo da infância. Diante desta realidade, refletimos sobre o uso excessivo de telas, ofertado pelos pais (ambiente) e os atravessamentos deste excesso na capacidade criativa de crianças pequenas. A metodologia utilizada neste trabalho foi do tipo clínico-qualitativa e tem como referencial teórico a psicanálise. Para isto, deverão ser realizadas entrevistas com os pais e hora lúdica com a crianças a partir de um roteiro de entrevista semi estruturado. Para preservar o sigilo e a privacidade dos participantes da pesquisa será necessário seguir todos os requisitos éticos estabelecido no comitê de Ética em Pesquisa (CEP), de acordo com a Resolução no 466/12 e a Resolução no 510/16. Para análise dos dados desta pesquisa, será utilizada a técnica de Análise de Conteúdo (BARDIN, 1995), que se propõe uma análise para além da descrição. Deste modo, pensamos como a tese da tese: o uso excessivo de telas decorre de uma falha ambiental, ou seja, uma delegação crescente das funções humanizantes operacionalizadas pelos pais/cuidadores, às telas, o que impacta na capacidade criativa das crianças pequenas.