EXPERIÊNCIAS DE GÊNERO DE PESSOAS NÃO-BINÁRIAS NA AMAZÔNIA PARAENSE.
Gênero; Não-binariedade; Amazônia
O presente texto consiste em um projeto de pesquisa acerca das experiências de gênero não-binárias na Amazônia paraense, partindo de perspectivas queer, transfeminista e decolonial. A construção do pensamento deste trabalho se baseia em autores como Judith Butler, Viviane Vergueiro e Maria Lugones, tendo em vista entrar em contato com as narrativas de pessoas não-binárias a respeito de suas experiências de gênero e suas intersecções com outros marcadores sociais, no território da Amazônia paraense. A elaboração desta pesquisa se justifica pela invisibilidade da população não-binária mediante as políticas públicas do Estado, dentre outros espaços por onde circulam e atuam, além da carência de produções científicas voltadas para essa população, sobretudo no Norte do Brasil. O objetivo geral consiste em analisar como as pessoas não-binárias constroem suas performances de gênero na Amazônia paraense. Quanto aos específicos são: investigar as tecnologias utilizadas nas performances de gênero de pessoas não-binárias sob uma perspectiva interseccional; analisar as relações das não-binariedades com a colonialidade de gênero e a cisnormatividade; e mapear os distanciamentos e aproximações das não-binariedades com as cisgeneridades e a transgeneridades. Para alcançar tais objetivos, a presente pesquisa parte de uma metodologia qualitativa, das produções narrativas para realizar entrevistas narrativas com as pessoas participantes, para produzir análises utilizando de ferramentas teóricas e práticas como a interseccionalidade e o diário de campo, para registrar as inquietações do processo de pesquisar.