Sobre ocupações e sentidos de pessoas que se encontram internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva.
Unidade de Terapia Intensiva; Ocupações; Logoterapia; Hospitalização.
Estar hospitalizado pode ser considerado uma vivência complexa, multifacetada, singular, que pode ser atravessada por diversos condicionantes sejam os estressores da Unidade de Terapia Intensiva, a rotina rígida e inflexível, perdas, lutos, medo da morte bem como o afastamento de ocupações. As ocupações são inatas e essenciais a vida e acompanham o homem em situações de adoecimentos desde os tempos remotos em diferentes culturas e ambientes. Mediante a isso, pretende-se realizar um estudo com o objetivo de compreender como se apresentam as ocupações de pessoas que se encontram internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Destaca-se que o estudo compreende o ser humano como um ser ocupacional e que tem uma dimensão noética que permite a tomada livre de decisões diante das adversidades da vida baseada na Logoterapia e Analise Existencial de Viktor Frankl. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa do tipo estudo de casos múltiplos. Participarão da pesquisa até 06 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana da Fundação Hospital de Clinicas Gaspar Vianna (FHCGV). Os dados do estudo serão coletados através de informações do prontuário, aplicação de entrevista semiestruturada e uma atividade de expressão livre. Além disso, destaca-se o uso de observação participante e do diário de campo. As informações obtidas serão analisadas tendo como base na análise de conteúdo de Bardin. Esta pesquisa pode colaborar com as discussões sobre as ocupações de pessoas internadas em UTI para a melhoria na oferta dos serviços neste ambiente, ampliar a visão de homem como um ser que tem a dimensão biológica, a psicológica, a noética e a ocupacional, sendo considerado como um ser que pode escolher, tomar decisões mediante os condicionantes que se encontra inserido.