SOBRE O OCUPAR-SE DE SER UNIVERSITÁRIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NO ENSINO SUPERIOR
Pessoas com deficiência. Deficiência Física. Ensino Superior. Inclusão Educacional. Ocupação. Logoterapia.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a Lei Brasileira de Inclusão e a Lei de Cotas têm contribuído para o ingresso de Pessoas com Deficiência no Ensino Superior. Conforme os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, das 38.272 matrículas de alunos com deficiência no Ensino Superior em 2017, 14.449 foram de Pessoas com Deficiências Físicas, identificadas como o grupo maioritário de Pessoas com Deficiência no Ensino Superior. A literatura realiza apontamentos sobre a presença e as implicações de um contexto acadêmico desfavorável aos alunos com deficiência física, devido barreiras, como as arquitetônicas e atitudinais, que podem contribuir para a permanência prolongada, o aumento da evasão e desistência destes alunos nas instituições de ensino, bem como nas ocupações do dia-a-dia. Esta pesquisa objetiva compreender o ocupar-se de ser universitário para Pessoas com Deficiência Física no Ensino Superior. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa do tipo estudo de casos múltiplos. Participarão da pesquisa até 06 estudantes de cursos de graduação com deficiência física que fazem parte do Programa de Acessibilidade do Núcleo de Acessibilidade da Universidade Federal do Pará. Os dados do estudo serão coletados através da aplicação de entrevista semiestruturada e do Mapeamento corporal individualmente com cada participante, além de registros em diário de campo, as informações obtidas serão analisadas tendo como base a análise de conteúdo. Esta pesquisa pode colaborar com as discussões sobre a inclusão e permanência de universitários com deficiência física ao lançar um olhar não sobre o porquê muitos evadiram, mas “para que” ou “pelo que” permanecem mesmo com a possibilidade de encontrar barreiras na universidade, visto que o ocupar-se de ser universitário pode apresentar uma combinação de oportunidades, desafios e exigências pessoais que irão depender das percepções sobre a forma, propósito e significado ocupacional latente nas escolhas ocupacionais e nas experiências vividas na universidade por cada estudante.