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Banca de DEFESA: ELAINE ANTUNES DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELAINE ANTUNES DE SOUZA
DATA: 10/06/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório IFCH
TÍTULO:

“A CLÍNICA PSICANALÍTICA NO HOSPITAL: a elaboração do sofrimento psíquico a partir da angústia em pacientes oncológicos”


PALAVRAS-CHAVES:

hospital; câncer; angústia; sofrimento.

 

PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Este presente trabalho abordará a dimensão da clínica psicanalítica no hospital, considerando a elaboração psíquica do sofrimento em sujeitos que são atravessados pela angústia ao enfrentarem o diagnóstico oncológico. No contexto do tratamento oncológico, encontramos a representação social da doença associada à morte, ainda considerada um tema tabu. Este imaginário social possui raízes muito antigas na história, sendo demarcada por intensos sofrimentos físico e psíquico, uma vez que, era frequentemente acompanhada pela morte, independentemente do tratamento realizado. Quando se trata de adoecimento pelo câncer, o exercício da psicanálise no hospital se dá em caráter de urgência, ou melhor dizendo, de urgência subjetiva, na qual buscamos compreender as repercussões psíquicas, que se encontram abaladas neste momento de adoecimento. A ideia de urgência subjetiva remete-nos a quebra do discurso do sujeito ao deparar-se com algo de caráter insuportável, sem mediação simbólica. Neste momento, ao faltar palavras para nomear tal situação, o sujeito adoecido posiciona sua realidade psíquica em ato. O sofrimento manifestado a partir das relações humanas e da finitude do próprio corpo, apresentam-se de forma imperiosas, pois enlaçam o sofrimento ao que é inelutável, escapa ao pleno domínio do sujeito. E o corpo, a medida em que faz parte da natureza, impõe limites em relação ao seu funcionamento e duração, que neste caso, podemos considerar a própria experiência do sofrimento psíquico no adoecimento oncológico, sendo manifestado no corpo. Para compreensão da angústia, que desde o início se tornou central na teoria psicanalítica, Freud deparando-se com este conceito na clínica das neuroses, passando a investigar a respeito de suas formas de manifestações psíquicas, elaborando sua teoria abordando este conceito importante. Em seu Rascunho E tido como um dos escritos mais importantes direcionados a Fliess, sobre o afeto angústia, que o associa a outro conceito central na teoria psicanalítica, a sexualidade.Podemos observar que Freud escreve sobre duas teorias, a primeira mencionada como sendo uma transformação da libido e a segunda, a teoria do recalque. Para Lacan a angústia é um afeto, porém considera não ser um sintoma. A medida em que configura a angústia como afeto, a caracteriza sem rumo, completamente à deriva, em razão de que jamais é recalcada. É esta sua característica, que a torna tão inquietante, pois não se amarra a rede de significantes, impossível ser representada. Desse modo, a clínica psicanalítica na instituição de saúde considera a diferença entre o adoecimento inscrito no corpo e adoecimento enquanto experiência. Neste aspecto, o psicanalista buscará proporcionar a transição do acontecimento em si para uma experiência, possibilitando a construção de subjetivação, elevando tal adoecimento, à posição de experiência produzindo um saber único. Já que estamos inseridos na instituição hospitalar, é importante pensarmos no tempo de cada sujeito, uma vez que a temporalidade do hospital, ignora a própria temporalidade deste. Lacan nos apresenta a problemática da lógica a respeito do tempo, discorrendo sobre a constituição de três instâncias, sendo elas: o instante de ver, tempo de compreender, o momento de concluir. Podemos associar estes três conceitos à experiência do adoecimento pelo câncer. Sendo o instante de ver, o diagnóstico oncológico e o desespero emergido diante da certeza da própria morte, confrontando o paciente com a realidade da finitude humana. Ao transitar para o tempo de compreender, com o estabelecimento da transferência, o sujeito alcança o processo de elaboração psíquica. E por fim, o trabalho psíquico se encerra com o momento de concluir referente ao que fez questão. E o sujeito à medida em que se depara com tais experiências subjetivas, confronta-se com a transitoriedade na própria vida. O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso clínico, realizado em uma instituição hospitalar em Belém do Pará, referência em tratamento oncológico. O objetivo geral foi compreender a prática clínica psicanalítica no contexto hospitalar, especificamente a elaboração psíquica do sofrimento a partir da experiência da angústia em pacientes com câncer. Os objetivos específicos incluíram a investigação da concepção de angústia por Freud, Lacan e seus comentadores, a exploração da relação entre angústia e câncer, e a identificação do processo de elaboração do sofrimento psíquico em pacientes oncológicos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 327481 - ANA CLEIDE GUEDES MOREIRA
Presidente - 2381469 - BRENO FERREIRA PENA
Interno - 1549198 - MAURICIO RODRIGUES DE SOUZA
Externo ao Programa - 1152684 - SERGIO VIZEU LIMA PINHEIRO
Notícia cadastrada em: 21/05/2024 14:31
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