BENEVIDES EM QUADRINHOS:
LÍNGUA, HISTÓRIA, CULTURA, ARTE & LIBERDADE
Poética. Lúdico. Quadrinhos. Intertextualidade. Benevides.
O projeto desenvolvido na Escola François Begot imergiu as turmas 6º Anos A e B por meio da sensibilização do olhar em ambientes artísticos, poéticos, imaginativos, lúdicos. Brougère (1998a) conceitua “cultura lúdica infantil” como um conjunto de estruturas que definem a atividade lúdica para a criança e a partir das quais se constitui o jogo. Superstições e crendices foram trabalhadas em audiovisual e em cores e texturas. O produto pretendido era uma história em quadrinhos – HQ. As tirinhas iniciam esse percurso norteadas por processos linguísticos, como a coerência e a intertextualidade (KOCH e TRAVAGLIA, 1990); o último ponto, segundo Kristeva (2005) é um mosaico de citações, um ponto de convergência de textos que interagem por meio de referências diretas ou indiretas. Poema e poesia, ciberpoema – que ancora suas bases no movimento concretista dos irmãos Campos; Santaella (apud DIAS & TIBÚRCIO, 2017) versa sobre a ênfase devida a seu caráter multissemiótico, híbrido e impuro, que possibilita acessar outros signos (textos, sons, imagens) – e artes plásticas se integram ao projeto. Somam-se a todo o caminho poético as obras Uma Professora Muito Maluquinha e O Pequeno Príncipe em suas versões originais e audiovisuais. Para bem desenvolver um projeto que requer produção textual constantemente, leitura é requisito, que Kleiman (1999) pontua ser um processo interativo. Retomando as HQ propriamente, Santos e Santos Neto (2015) (in SANTOS NETO e SILVA, 2015) descrevem uma sintaxe própria dos quadrinhos, na qual todos os elementos possuem função expressiva na narrativa. E sobre sua utilização em sala de aula destacam as expressões artística, poética e filosófica. Como personagem central: Benevides, o Berço da Liberdade.