IMPACTO DE FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS, CLÍNICOS E MORTALIDADE POR MICROCEFALIA SECUNDÁRIA A INFECÇÕES TERATOGÊNICAS NO BRASIL: ESTUDO ECOLÓGICO DE 7 ANOS
Palavras-chave: Microcefalia, Infecção, Zika Vírus, Toxoplasmose, Citomegalovírus, Herpes vírus, Sífilis e Epidemiologia.
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RESUMO
Palavras-chave: Introdução: As anomalias congênitas, incluindo as microcefalias, têm etiologia complexa e multifatorial, e podem ser causadas por anomalias cromossômicas, exposição a teratógenos ambientais, doenças metabólicas e por doenças maternas durante a gravidez (RODRIGUES, 2016). Uma das consequências graves de Doenças Transmissíveis Negligenciadas (DTN) foi revelada em novembro de 2015, quando o Brasil declarou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento da ocorrência de casos de microcefalia em todas as regiões. Este estudo limita-se às infecções teratogênicas: Zika vírus, Toxoplasmose, Herpes vírus, Sífilis e Citomegalovírus. Objetivo: Verificar a associação entre variáveis sociodemográficas ambientais e clínicas de Rn com microcefalia no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, com desenho ecológico, com abordagem analítica descritiva e inferencial. Foram avaliados recém-nascidos com microcefalia (≤ 28 dias), categorizados como em dois grupos: G1 (neonatos com uma das cinco infecções) e G2 (neonatos com duas ou mais infecções) durante o período de janeiro de 2015 a dezembro de 2021. Resultados: Os principais resultados evidenciam que aa variável sexo do neonato apresentou quantitativos maiores nas infecções por Zika vírus em comparação com toxoplasmose, tanto no sexo masculino, quanto no sexo feminino (p=0,008) ano do nascimento. Já no que diz respeito aos anos de nascimento, o ano de 2015 expressou quantitativos maiores de infecções por Zika vírus em comparação à sífilis. A idade gestacional em semanas da alteração foi maior na infecção por Zika vírus quando comparado às infecções por citomegalovírus, toxoplasmose e sífilis (<0,001). Além disso, na gravides única a infecção por citomegalovírus foi maior que sífilis e as infecções por herpes vírus foram menores que a infecção por Zika vírus e maiores que a infecção por sífilis. Os valores de diâmetro cefálico foram menores nas infecções de Zika vírus e sífilis em relação à toxoplasmose, herpes vírus e citomegalovírus (p=0,016). Conclusão: As análises feitas foram com as bases de dados secundários aliado aos fatores sociodemográficos e clínicos, os quais forneceram resultados relevantes para a compreensão epidemiológica do comportamento das infecções atreladas à microcefalia da população Brasileira. Esse contexto, contribui para gerar evidências, basear e fortalecer políticas públicas, reestruturar estratégias para a execução de serviços de saúde e promover assistência de qualidade no âmbito da saúde coletiva.
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