PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM ENDOCARDITE ATENDIDOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA: ESTRATEGIAS DE ENFERMAGEM PARA O AUTOCUIDADO
Endocardite Bacteriana, Cuidados de Enfermagem Autocuidado.
ARAÚJO, Marizete Santos. Perfil clínico epidemiológico de pacientes com endocardite atendidos em hospital de referência: Estratégias de enfermagem para o autocuidado. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia, Belém, 2018.
A Endocardite Infecciosa (EI), ainda se mantém com a morbimortalidade significativa, muito embora as tecnologias disponíveis na área da saúde apresentem alta resolutividade, auxiliando para o diagnostico preciso. Consequentemente tem contribuído para uma ação mais efetiva, no sentido de proporcionar atendimento eficiente para os pacientes nos diversos segmentos da sociedade. No entanto, alguns fatores tendem a dificultar a definição do diagnostico, essa ação mais efetiva, como no caso da dificuldade de acesso e a precariedade dos serviços de saúde. A endocardite ainda é um desafio ao qual vem se mantendo a morbimortalidade ainda com taxas bastante elevadas. Na presente pesquisa procurou-se caracterizar o perfil de pacientes internados, considerando o perfil clínico epidemiológico traçando estratégias de acompanhamento técnico e de autocuidado de pacientes com endocardite, elencando possíveis variáveis demográficas e clínicas, descrevendo o perfil clínico epidemiológico e propondo nota técnica com recomendações de alta e acompanhamento ambulatorial, além de indicar um protocolo de recomendações para o autocuidado em um hospital de referência na área cardiológica em um período de sete anos. Material e Métodos: Foram realizado levantamento de dados baseado na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-10, observando o Capítulo IX Doenças do aparelho circulatório (I00-I99) Levando em consideração o seguinte agrupamento (I30-I52) Outras formas de doença do coração dentre estas somente foram incluídas, I33 Endocardite aguda e subaguda; I38 Endocardite de valva não especificada, parte. Resultados: A faixa etária estudada vai de ≤ 19 a <60 anos, Sexo masculino, 53 (61,63%) e feminino 33 (38,37%). Estado civil: solteiros(as), 40 (46,61%), casados(as), 25 (29,07%), 13 (15,12%) tinham união estável e separados(as) e viúvos(as) 4 (4,65%). procedência: 49 (56,96%), Região Geográfica Imediata Belém, Instrução: fundamental incompleto, 51 (59,31%). médio completo, 17 (19,77%) médio incompleto, 8 (9,30%) 5 (5,81%). Religião: católico, 41 (47,67%), superior incompleto, 2 (2,33%) fundamental completo 3 (2,33%). analfabeto, e sem informação 1 (1,16%), cor parda, 68 (79,07%), branca, 13 (15,12%) preta evangélicos, 38 (44,19 %) e sem religião 7 (8,14%).Comorbidades outras DCV, 27 (31,40%), nenhuma comorbidades, 22 (25,58%), outras doenças, 9 (10,47%), HAS/DM/IRC, 8 (9,30%), HAS, 4 (4,65%), IRC, 4 (4,65%), HAS e outras DCV, 3 (3,49%), HAS/IRC, 3 (3,49%), HAS/DM, 2 (2,33%), cardiopatia reumática, 1 (1,16%), DM/IRC), 1 (1,16%), Doença Reumática, 1 (1,16%), IRC e Outras DCV 1(1,16%). Hemocultura: 49 (56,98%), não realizada, 31 (36,05%) negativo, 2 (2,33%) Acinetobacter, 1 (1,16%), K. pneumonie, P. auereginosa, Streptococcus. Sanguinis e Streptococcus bovis, alta, 59 (68,61%) melhorado, 23 (26,74%) óbito, 3 (3,49%), a pedido e 1 (1,16 %) evasão. vegetação aórtica, 32 (37,21%), 19 (22,09%) nenhuma, 14 (16,28%) vegetação mitral, 11 (12,79%) tricúspide, 7 (8,14%) mitral e aórtica e 3 (3,49%) pulmonar. Conclusões: O perfil clínico epidemiológico pode ser observado e traçado no presente estudo, cuja população estudada permitiu a visualização do que está sendo tratado, e que o hospital não atende exclusivamente a área cardiológica, mas também as áreas de nefrologia, psiquiatria e obstetrícia, que podem estar relacionadas com a cardiologia. A presença de comorbidades especificas leva à um quadro mais grave da EI, salientando os devidos cuidados que podem ser aplicados pelo Enfermeiro(a),desde à atenção primária, obedecendo sempre os critérios de prevenção a saúde