KATUANA QUILOMBOLA: Prevalência de Hipertensão Arterial em comunidades quilombolas de Salvaterra-Marajó-Pará na Amazônia Oriental
Quilombolas. Hipertensão arterial. Prevalência
Objetivo: Determinar a prevalência de Hipertensão Arterial em pessoas com idade maior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos, de comunidades quilombolas de Salvaterra-Marajó-Pará, na Amazônia Oriental. Métodos: Estudo transversal de base comunitária, em 15 comunidades remanescentes quilombolas no município de Salvaterra-Ilha do Marajó-Pará. A amostra estratificada proporcional com erro amostral de 6%, IC=95%, com acréscimo de 20%, totalizou 240 domicílios, em cada um foram sorteadas em média 2 pessoas de 18 anos e mais para serem entrevistadas, amostra mínima de 571 pessoas. Amostra final de 741 indivíduos. O inquérito domiciliar ocorreu em junho-julho/2021 e utilizou questionário padronizado, verificação da pressão arterial e realização da avaliação antropométrica, (peso e altura) para o cálculo do IMC e circunferência abdominal. Hipertensão arterial foi admitida se autorreferência de hipertensão e/ou uso de medicação anti-hipertensiva e/ou medida da PA sistólica ≥140mmHg e/ou PA diastólica ≥90mmHg. Resultados Parciais: A prevalência de Hipertensão Arterial foi 37,2% e a de casos novos foi de 16,3%, sem diferença estatística em relação a gênero, raça/cor autodeclarada preta/parda e autodefinição quilombola. Os participantes com HAS eram mais velhos, tinham menos tempo de estudo e tinham mais chance de negar ancestralidade quilombola, além de maior probabilidade de estar na população economicamente ativa e no grupo que trabalhava por conta própria, comparado ao grupo sem hipertensão. Diabetes, IAM, Angina, AVC, sobrepeso/obesidade e autopercepção de estado de saúde regular foram associados com HAS nessas comunidades.