Diabetes Mellitus tipo 2; Neuropatia diabética; Autocuidado
Introdução: A neuropatia periférica diabética está entre as complicações mais comuns do diabetes mellitus tipo 2, de acordo com a progressão da doença, pode ocorrer a perda gradual da sensação protetiva na pele e articulações do pé, aumentando os riscos de lesão. Este estudo tem como objetivo verificar se fatores de risco socioeconômicos e de saúde, bem como o autocuidado, influenciam o nível de neuropatia do pé em pacientes com diabetes tipo 2. Método: Estudo transversal observacional incluindo indivíduos ≥ 30 anos com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 sem doenças neurológicas selecionados aleatoriamente em duas unidades de ESF do município de Belém-PA. O questionário Michigan Neuropathy Screening Instrument foi aplicado para definir a presença de neuropatia diabética. Foi realizada análise descritiva considerando médias e desvio-padrão para variáveis com distribuição normal e mediana e intervalo de confiança de 95% para variáveis com distribuição não-normal. Foi aplicado o teste qui-quadrado para identificar a diferença entre os grupos considerando a presença ou não de neuropatia diabética, em seguida foram aplicadas regressão logística binária e regressão logística multivariada para verificar as variáveis preditoras da neuropatia diabética. A significância estatística considerou o p-valor ≤ 0.05 e intervalo de confiança de 95% Resultado: A prevalência de neuropatia diabética de acordo com o MSNI foi de 66,6%. A presença de neuropatia está associada ao sexo, dislipidemia e aumento da microalbuminúria. A análise de regressão logística revelou que indivíduos do sexo masculino, aumento do IMC e níveis de HDL foram significativamente associados com a neuropatia periférica diabética. Conclusão: A prevalência da neuropatia periférica diabética na população estudada foi alta, e significativamente associada aos homens, e ao aumento do IMC e HDL.