INTRODUÇÃO: Mesmo diante da evolução das políticas públicas de saúde, a cárie dentária ainda se apresenta como um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. Embora os estudos epidemiológicos revelem uma significativa melhora dos índices no país, sua prevalência no grupo etário que compreende a primeira infância, portanto, crianças em idade pré-escolar, os resultados não parecem acompanhar os mesmos achados dos demais grupos etários pesquisados. Com distribuição cada vez mais polarizada, resultado de desigualdades sociais que entrecruzam as determinações e agravos da doença, tem-se na região Norte do país, a representação de seus piores resultados epidemiológicos, suscitando que a complexidade e as características singulares das populações residentes da Região Norte, em específico as ribeirinhas da Amazônia paraense, que de maneira geral, são povos destituídos de infraestrutura mínima de condições de saneamento básico e acesso aos serviços de saúde, estando comumente limitados, além das condições socioeconômicas, mas também pelo isolamento geográfico impelido pela intrínseca relação com o território líquido. Neste sentido, iniciativas como as do Programa Saúde na Escola, pautadas em superar os modelos excludentes outrora praticados, merecem fortalecimento e evidenciação no cenário da implementação das políticas públicas locorregionais. OBJETIVO: Descrever a epidemiologia da cárie dentária e dos Determinantes Sociais de Saúde a ela associados, assim como o acesso aos serviços de saúde, em crianças de 0 a 06 anos de idade matriculadas em escolas de campo, florestas e águas, pactuadas pelo Programa Saúde na Escola, circunscritas no território de ilhas de Belém, Pará, no ano de 2024. METODOLOGIA: O presente projeto irá tratar-se de um estudo exploratório, observacional, descritivo e analítico, de recorte transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa de dados primários, de nível demográfico, com a utilização de método de amostragem não probabilística por conveniência.