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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARLON KAUA SILVA CARDOSO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARLON KAUA SILVA CARDOSO
DATA: 30/06/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 15 - PPGSA
TÍTULO:

A DENDEICULTURA NA AMAZÔNIA PARAENSE: OS EFEITOS DO CAPITALISMO VERDE SOBRE O MUNDO TRABALHO


PALAVRAS-CHAVES:

Dendeicultura; Capitalismo verde; Trabalho. amazônia


PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

A dendeicultura na Amazônia paraense foi territorializada graças aos esforços do Estado. Em um primeiro momento, a partir de 1950, o dendê relaciona-se a um planejamento estatal, através de tecnoestruturas estatais como a Superintendência de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), e, mais tarde, com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), e de seus tecnoburocratas, como Clara Pandolfo, que entendiam que a palma seria uma saída técnica/ecológica, para o reflorestamento através da palma em substituição da floresta amazônica; uma alternativa social que melhoraria e aumentaria as condições de vida dos produtores rurais; e sob o ponto de vista econômico, porque seria uma atividade produtiva importante para a obtenção de divisas. Nessa etapa histórica, o dendê se expandiu através da modernização ecológica que combinava crescimento econômico com preservação ambiental. No entanto, com a virada do milênio, através do Programa Nacional de Uso do Biodiesel (PNPB), em 2004, e do Programa Sustentável de Óleo de Palma (PSOP), em 2010, e dos Zoneamentos Agroecológicos pensados pelos sistemas peritos, composto por pesquisadores da Embrapa, o agronegócio do dendê passa a fazer parte de esforços estatais para implantar uma bioeconomia na Amazônia paraense. Trata-se de uma nova forma de esverdeamento do capitalismo, que reedita os pressupostos da modernização ecológica, no qual defende-se a geração de energia lima com o biodiesel, o reflorestamento de áreas antropizadas, e a geração de empregos verdes para os agricultores familiares e para as populações locais. Nesse sentido, essa pesquisa busca entender quem sustenta esse desenvolvimento sustentável da palma, isto é, analisar os efeitos desse capitalismo verde e da reestruturação produtiva que o acompanha sobre os trabalhadores da agroindustrial Palmasa, em Igarapé-Açu, munícipio do nordeste paraense. A groindustrial Palmasa inicia seus plantios em 1980, sob a iniciativa dos japoneses imigrantes de Tomé-Açu, em substituição da pimenta que fora devastada por uma doença chamada “Fusariose”. A cadeia produtiva da agroindustrial é dividida em: 1) agrícola/campo, onde os cachos de dendê são coletados; 2) na parte industrial, local em que é feito o beneficiamento e extração dos óleos da polpa e da amêndoa dos frutos; 3) a comercialização, onde é feito o transporte dos cachos até a indústria, e dos óleos das industrias até os compradores. Portanto, buscaremos analisar as relações de trabalho na parte agrícola da cadeia produtiva, mobilizando as categorias da superexploração do trabalho, da subsunção formal e do aviamento. E, por outro lado, na parte da indústria, entender o processo de trabalho a luz das categorias sociológicas do fordismo/taylorismo, toyotismo/ohnismo, subsunção real e reestruturação produtiva.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2191714 - TANIA GUIMARAES RIBEIRO
Interno - 3285740 - ANDREA BITTENCOURT PIRES CHAVES
Interno - 1673966 - CARLOS POTIARA RAMOS DE CASTRO
Externo ao Programa - 189.606.265-20 - DALVA MARIA DA MOTA - UFPA
Notícia cadastrada em: 27/06/2023 12:20
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