O SER RIBEIRINHO E OS TENSIONAMENTOS ENTRE “CIDADE” E “INTERIOR”: Experiências de pertencimento em São Sebastião da Boa Vista no Marajó - Pará
São Sebastião da Boa Vista. Ribeirinho. Pertencimento. “Cidade”. “Interior”.
Este relatório de qualificação de pesquisa busca mostrar os resultados dos dados produzidos em campo durante o ano de 2022 e o primeiro semestre de 2023, realizada no município de São Sebastião da Boa Vista na Ilha do Marajó – PA, e que, pensando em um município que se localiza no Marajó automaticamente se conecta a sua população a uma identidade ribeirinha, entretanto, como moradora da cidade me fez questionar: a população boavistense se vê como ribeirinha, e se se vêem qual o elo com essa identidade? O rio? A partir do confronto com o “outro”? Ou se não se enxergam como tal, por que não?. Como metodologia será utilizada a observação direta e participante dentro de campo para uma análise etnográfica, pois de acordo com Eckert e Rocha (2008) é o que diferencia a construção do conhecimento em Antropologia de outros campos das ciências humanas. Apresento ainda registros do meu diário de campo, conversas com interlocutores e o uso de fotografias para auxiliar na descrição sobre as dinâmicas sociais. O campo de pesquisa etnográfica se delimitou na zona urbana do município e nas zonas rurais do Rio Tucupí Grande e Pau de Rosa, neste sentido foi possível observar se as pessoas acionam a identidade ribeirinha, além disso, o campo mostrou como os tensionamentos entre “cidade” e “interior”, os trânsitos e movimentações que as pessoas produzem nesses lugares para além de uma fronteira, se tornaram objetos analíticos para observar como as pessoas constroem suas experiências de vida.