PAISAGENS DO TAPAJÓS: PERCEPÇÕES E NARRATIVAS DOS MORADORES DO BAIXO AMAZONAS FRENTE AOS IMPACTOS DA EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA
Narrativas; Memoria; Paisagem; Baixo Amazonas.
Esta dissertação está sendo construída através dos resultados de pesquisas realizadas desde minha graduação em Antropologia na Universidade Federal do Oeste do Pará, combinando diversos locais de campo tanto na cidade de Santarém, quanto comunidades tradicionais em seus entornos e cidades vizinhas como, por exemplo, Belterra. Neste movimento, o objetivo geral desta pesquisa é fazer uma análise das percepções e narrativas daqueles que tiveram as suas formas de usos do território violadas diante das transformações de paisagens impostas pela expansão da fronteira agrícola no Baixo Amazonas, suas formas de enfrentamento e lutas. Portanto, ao buscarse compreender as estratégias de enfrentamento diante do impacto sobre os territórios que alteram as formas de usos deles e quais as resistências operadas para se manter um uso do território que figura como obstáculo para um modelo de amazônia que não compõe o sonho dessas populações que lutam em prol de suas terras, dos rios e das florestas. Quais as percepções e narrativas daqueles que tiveram as suas formas de usos do território violadas diante das transformações das paisagens impostas pela expansão da soja no Baixo Amazonas, suas formas de enfrentamento e resistências? A pesquisa será realizada através de dados qualitativos, pesquisa em campo e o método etnográfico, partindo de dados coletados durante minha graduação, buscando aprofundar a análise e complementar fontes, entre elas: narrativas orais, relatos de vida, entrevistas, análises de documentos de acervos públicos e fotografias (acervo pessoal e público). Essa abordagem possibilita a análise dos significados, crenças e valores presentes nos discursos dos interlocutores e dos elementos presentes nas fotografias coletadas.