Cinema para quê e para quem? o audiovisual no processo da organização popular e na
construção de sujeitos coletivos.
audiovisual, ativismo, antropologia da arte
No presente trabalho, proponho-me a investigar a importância da democratização de tecnologias de
produção audiovisual e do conhecimento da construção da linguagem audiovisual, a discutir sobre os
diversos sentidos do fazer audiovisual e a importância alcançada pela manipulação de ferramentas
visuais e comunicativas na luta por reconhecimento e direitos no processo de organização popular e na
construção de sujeitos coletivos, a partir da experiência do projeto Telas em Rede em Santarém/PA. Com
o intuito de refletir sobre os entrelaçamentos entre arte e política. O projeto santareno tem como objetivo
potencializar as vozes das periferias amazônidas por meio da comunicação popular, usando o audiovisual
como ferramenta para auxiliar na luta em defesa do território. O Telas desenvolve uma formação técnica
em comunicação popular aliado a uma formação política sobre diversos temas, mas principalmente
temas ligados ao debate ambiental. A pesquisa foi feita a partir de uma observação acompanhante on/off,
que pretende atender às necessidades metodológicas de um objeto de pesquisa multissituado, que se
desloca e percorre diferentes lugares, sendo as redes sociais um dos lugares de atuação do projeto.