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Banca de QUALIFICAÇÃO: LETICIA CARDOSO GONCALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LETICIA CARDOSO GONCALVES
DATA: 19/06/2024
HORA: 09:30
LOCAL: online
TÍTULO:

“ENTÃO EU SOU UMA MULHER NEGRA MARAJOARA AMAZÔNIDA [...]”:
reivindicações políticas entre mulheres negras em territórios marajoaras (PA).


PALAVRAS-CHAVES:

Marajoara; Amazônia; Negra.


PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

O presente estudo tem por objetivo investigar e analisar os modos como três mulheres marajoaras dos municípios de Breves, Salvaterra e Soure do arquipélago do Marajó (PA), produzem entendimentos sobre suas experiências enquanto mulheres racializadas nesses territórios. A partir das falas pronunciadas pelas interlocutoras durante nossas conversas sobre raça enquanto marcador social da diferença no contexto do Marajó e com o auxílio da literatura que atribui a perspectiva sobre Amazônia Marajoara como um local de trajetórias específicas de contatos afro-indígenas entre populações originárias, africanas, afro-brasileiras, portuguesas dentre outros grupos provenientes das demais Nações Europeias, do nordeste brasileiro, além de regiões do Caribe e da América do Norte, e que esses contatos repercutiram na elaboração de sociabilidades particulares no contexto desse território (PACHECO, 2010), (SCHAAN e MARTINS, 2010), essa pesquisa propõe identificar e analisar o lugar ocupado por mulheres que se identificam como negras e acionam a categoria “parda” em suas complexas dimensões nas relações raciais do Arquipélago do Marajó demonstrando o quanto que essas identificações estão relacionadas às suas reivindicações políticas acerca das categorias nativas que elas mesmas constroem acerca da ideia de mulher marajoara. Segundo as protagonistas, seus envolvimentos em projetos desenvolvidos pelo Observatório do Marajó, projetos que visavam potencializar políticas públicas para mulheres marajoaras, fizeram com que elas em diversos momentos acionassem falas e noções racializadoras sobre ser mulher negra no Marajó. A partir do uso da pesquisa de campo e da experiência etnográfica, especificamente da etnografia virtual evidenciada por Miller (2020) e Segata (2020) como uma ferramenta de produção teórica e metodológica de conhecimento para além do espaço tido como físico, os questionamentos e debates deste trabalho foram elaborados a partir das falas das interlocutoras onde elas demarcavam suas vivências em torno das ideias de raça, racismo, trajetória política em movimentos sociais e universitários. Com base nesses diálogos, a pesquisa objetiva investigar como elas constroem entendimentos sobre ser negra com base em suas experiências e como tais experiências possibilitam desenvolver a reflexão sobre a construção dos marcadores de raça em contexto marajoara levando em considerações a heterogeneidade de vozes, identidades e memórias que compõe esse território.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2387625 - ANNA MARIA ALVES LINHARES
Presidente - 1372779 - MONICA PRATES CONRADO
Interno - 6672463 - RODRIGO CORREA DINIZ PEIXOTO
Interno - 3185045 - VOYNER RAVENA CANETE
Notícia cadastrada em: 13/06/2024 00:10
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