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Banca de DEFESA: ANA SHIRLEY PENAFORTE CARDOSO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA SHIRLEY PENAFORTE CARDOSO
DATA: 27/04/2023
HORA: 09:30
LOCAL: centro de tecnologia da informação - CTIC
TÍTULO:


Mulheres Tembé-Tenetehara: entre saias, memórias, subjetividades e fotografias.


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

 

Mulher Indígena, TIARG, Fotografia, Colonialidade, Amazônia,


PÁGINAS: 241
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Esta tese é resultado de uma pesquisa etnográfica com Indígenas mulheres do povo Tembé Tenetehara, que vivem na Terra Indígena Alto Rio Guamá, TIARG, localizada no estado do Pará. O estudo parte de vivências e da observação em campo com a liderança cultural Kuzà’í, a pajé Francisca e com informações sobre a trajetória da capitoa Verônica Tembé, falecida em dezembro de 2013. A pesquisa utilizou a fotografia como um elemento de interação e análise, com a qual elaborou uma etnografia à luz da antropologia visual. O objetivo desta articulação teórico-metodológica foi observar as convergências entre os enunciados verbais e visuais, que possibilitem compreender a produção historicamente construída sobre povos indígenas forjando uma identidade, a partir da ótica de colonialidade, conceito que se distancia do modo como os próprios indígenas observam seu cotidiano. Buscou-se assim refletir sobre uma imagem simbólica construída historicamente do que seria uma mulher indígena e analisar aspectos dessa produção imagética que se conflita com o olhar dos indígenas, cuja apreensão se distancia bastante da versão que os próprios indígenas têm sobre si mesmos. Busquei analisar as subjetividades entre as mulheres Tenetehara em meio às práticas culturais e às movências históricas de sua sociedade, que as singulariza, diante das 305, sociedades indígenas que vivem atualmente no Brasil, das quais possuem 275 línguas ‘locais’ (IBGE, 2010), estas informações e as observações do campo possibilitam notar a generalização imposta historicamente às populações indígenas no país, prevalecendo, uma ideia da “índia” e do “índio”, em uma espécie de matriz eurocêntrica, marcada pelo exotismo, que desconsidera as particularidades destes povos, horizontalizados em uma perspectiva de colonialidade do poder, de dispositivo colonial que atravessa a história e encontra eco na contemporaneidade. Evidencio o protagonismo das indígenas mulheres, a partir do conceito de corpo-território (CELENTANI, 2014; XAKRIABÁ, 2018; KARIPUNA, 2021), que atravessa seus modos de vida. A imagem aqui é concebida como um instrumento de conhecimento, de memória, de percepção do corpo destas mulheres em meio a seus espaços de lutas, de direitos e de conquistas que é o Território, nos distanciando da matriz imposta e marcada pela colonialidade do olhar.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 698.575.631-04 - CLAUDIA LEONOR LOPEZ GARCÊS - MPEG
Presidente - 2153549 - DENISE MACHADO CARDOSO
Externo ao Programa - 2316255 - KATIANE SILVA
Interno - 1350773 - LUISA MARIA SILVA DANTAS
Interno - 049.308.602-10 - MARIA ANGELICA MOTTA MAUES - UFPA
Externo ao Programa - 326392 - MARIA LUZIA MIRANDA ALVARES
Externo ao Programa - 2305487 - VANDERLUCIA DA SILVA PONTE
Notícia cadastrada em: 10/03/2023 10:00
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