CASA, TERREIRO, COMUNIDADE TRADICIONAL DE MATRIZ AFRICANA: um estudo sobre mobilização e reivindicações por direitos nos terreiros em São Luís, Maranhão
Resistir é se opor. Por meio das narrativas de resistência, as histórias dos povos negros no Brasil têm sido contadas e recontadas.
Resistir é se opor. Por meio das narrativas de resistência, as histórias dos povos negros no Brasil têm sido contadas e recontadas. Histórias resguardadas pelas casas de culto, pelos terreiros, representantes da resistência política, cultural e religiosa das populações negras fora do continente africano, que atravessaram por um longo período a expropriação de suas vidas, suas vontades, suas liberdades e religiosidades, o que não significou de maneira nenhuma deixar de resistir, de mobilizar luta. É certo que essa resistência, por vezes, foi silenciosa, foi do resguardo. Hoje, ao repensar questões a respeito da resistência e mobilização dos povos de terreiro, percebo que o terreiro, independente do segmento ou nação que se identifica, configura-se como espaço mítico, sagrado, social e reconhecidamente, hoje, de resistência e mobilização políticas.